A médica Fernanda Faria Afonso, especialista em saúde mental, explica como transformar frustrações em aprendizados para um novo ciclo mais positivo
Redação Publicado em 01/12/2024, às 06h00
Com a proximidade do final do ano, muitas pessoas revisitam suas metas estabelecidas meses antes e, por vezes, experimentam sentimentos de frustração ao perceber que alguns objetivos não foram alcançados. A médica especialista em saúde mental, Dra. Fernanda Faria Afonso, explica que essa sensação é comum e que há maneiras saudáveis de lidar com ela.
Segundo uma pesquisa recente do Instituto Locomotiva, 64% dos brasileiros relataram insatisfação com suas realizações planejadas para o ano, especialmente em metas pessoais e profissionais. Para Fernanda, a autoavaliação é importante, mas é fundamental que não se torne uma cobrança excessiva. “Muitas metas são baseadas em padrões sociais e expectativas irreais, o que leva a um desgaste emocional quando percebemos que não conseguimos atingi-las. É importante adaptar esses objetivos para algo mais viável e gratificante”, sugere.
A especialista recomenda que, ao invés de focar no que não foi realizado, as pessoas revisitem as metas de forma realista e adaptativa. "Rever as conquistas parciais e os aprendizados adquiridos ao longo do ano pode gerar uma sensação positiva de progresso e ajudar a planejar o próximo ano de forma mais assertiva", explica Fernanda.
Outro ponto destacado pela psicóloga é a necessidade de autocompaixão: “A frustração é normal, mas não deve paralisar. Permitir-se aceitar as falhas e fazer ajustes no planejamento é essencial para que metas não se tornem um fardo emocional”, ressalta.