Você sabia que gatinhos também podem ser ótimos no papel de assistente emocional?
Redação Publicado em 23/11/2024, às 06h00
Você já observou algum gato como ESAN? Exatamente, não somente os cães são treinados para essa função. Conheça sobre Olaf, o gato assistente emocional que acompanha o pequeno Theo, de sete anos.
A cena de uma pessoa ladeada com um animal de estimação está, cada vez, mais presente na sociedade. Por vezes, simplesmente o pet querido fazendo companhia ao seu dono, mas nos últimos tempos muitos desses bichinhos cumprem uma função muito importante: animal de assistência emocional. Também chamados de ESAN (Emotional Support Animal), são animais que ajudam pessoas com problemas psiquiátricos, como ansiedade, depressão ou estresse. O papel na maioria das vezes cumprido pelos cães passa a contar com a presença de gatos.
É o caso de Olaf, gato vira lata, que assiste emocionalmente o pequeno Theo, de sete anos, diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que encontra na companhia do felino, estímulos que acalmam suas crises de ansiedade. “Sempre que o Theo fica muito nervoso, o Olaf se aproxima, e o carinho de um com o outro, naturalmente, fazem com que as coisas se acalmem. Então aquelas crises desregularias que a criança tem, o Olaf consegue acamá-las”, resume a mãe de Theo, Leticia Alves que é médica veterinária especializada no atendimento a gatos.
Inclusive, a veterinária possui uma clínica especializada no atendimento a felinos, em Itatiba, próximo a São Paulo
“Para o treinamento do gato Olaf, que ajuda a acalmar o Theo, foi importante estabelecer rotinas e associações positivas. Ao acordar, foi criado um ambiente tranquilo, onde Olaf aprendeu a se aproximar da criança ao ouvir o som do despertador. Isso ajudou a suavizar o momento, proporcionando conforto”, explicada o adestrador e treinador de animais, Glauco Lima.
De acordo com o especialista, o gato pode ser um modelo de calma e foco, servindo como ponto de atenção quando a criança se distrai ou em um momento de crise. “Ensinei Olaf a participar de brincadeiras tranquilas, utilizando recompensas como petiscos para reforçar comportamentos calmos.”
Para ajudar a criança a dormir foi elaborado um ritual noturno com a presença de Olaf. “O contato físico, como carinho, pode aumentar a sensação de segurança e tranquilidade (pressão profunda) subindo nas costas ou peito deitado. Esse trabalho ajudou a fortalecer a ligação entre a criança e Olaf, promovendo um ambiente mais harmonioso”, diz Glauco.