Por que os homens evitam consultas médicas?

Quando o assunto é saúde, os homens ainda são maioria em um dado preocupante: a resistência em buscar cuidados preventivos. Segundo o Ministério da Saúde, 31% dos homens não frequentam consultórios médicos regularmente, o que aumenta os riscos de diagnósticos tardios de doenças graves.

Para o urologista Dr. Ivan Selegatto, essa realidade precisa mudar. “Muitos homens só procuram ajuda quando os sintomas estão avançados, o que dificulta o tratamento. A prevenção é a chave para evitar complicações futuras e garantir qualidade de vida”, afirma.

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Entre as principais preocupações, estão doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, câncer de próstata e o desbalanço hormonal da testosterona. “O câncer de próstata, por exemplo, é o segundo mais comum entre os homens no Brasil. Se diagnosticado precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%. Por isso, exames como o PSA e o toque retal são indispensáveis a partir dos 50 anos, ou antes, em casos de histórico familiar”, explica o médico.

Dr. Selegatto também destaca a importância de uma abordagem integral e cuidados com o perfil hormonal e reposição, quando necessário. “A saúde do homem não se limita à urologia. Atividades físicas regulares, alimentação balanceada e acompanhamento médico periódico são pilares fundamentais. Além disso, cuidar da saúde mental é indispensável, já que o estresse e a depressão afetam diretamente o bem-estar geral.”

Ainda de acordo com o especialista, promover uma mudança cultural sobre o autocuidado masculino pode salvar vidas e melhorar significativamente a saúde pública. “Não é só em novembro que devemos falar sobre saúde masculina. Quanto antes criarmos a cultura da prevenção, maior será a expectativa e qualidade de vida dos homens”, conclui.

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