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A saúde da mulher e a depressão pós-parto

Ginecologista explica como a depressão pós-parto se desenvolve e quais os possíveis tratamentos

Veridiana Salutti Publicado em 29/07/2023, às 14h00

A depressão pós-parto afeta uma em cada oito mães podendo acontecer até 1 ano após o parto
A depressão pós-parto afeta uma em cada oito mães podendo acontecer até 1 ano após o parto

A depressão pós-parto afeta uma em cada oito mães podendo acontecer até 1 ano após o parto diferente da tristeza e melancolia conhecida como baby blues que acontece logo depois do nascimento e dura em torno de 15 dias.

A depressão pós-parto pode apresentar a perda de interesse ou prazer em atividades diárias; pensamento na morte ou suicídio; vontade súbita de prejudicar ou fazer mal ao bebê; perda ou ganho de peso, insônia etc.

Pode complicar e evoluir para uma forma mais agressiva, conhecida como psicose pós-parto trazendo inúmeras consequências ao vínculo da mãe com o bebê.

No pré-natal os riscos podem ser identificados, o desequilíbrio hormonal já é um fator desencadeante, mas pacientes que já apresentam problemas psicológicos prévios, que fazem uso de medicamentos controlados, que tiveram sofrimento ou dificuldades para engravidar, que não contam com apoio familiar, com dificuldades financeiras e passam por violência doméstica devem ser observadas e orientadas.

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A importância de saber que pensamentos como: Ele está bem? Está com fome? E se eu dormir e algo ocorrer? Vou dar conta? Mesmo que comum entre as mães sobre o bebê não é normal de forma exagerada e falar com seu médico sobre isso pode ajudar em um diagnóstico precoce.

Hoje em dia equipes especializadas com enfermeiras e psicólogas auxiliam no pós-parto fornecendo orientações na amamentação, cuidados com o bebê e apoio psicológico.

Medicamentos apropriados para a situação também podem ser indicados. Não podemos deixar que situações que podem ser controladas interfiram em um momento tão especial.

Caso você estiver ou conhecer alguém assim peça ajuda, converse com seu médico e seus familiares.

*Veridiana Salutti é ginecologista membro da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil)