O lipedema pode ser confundido com obesidade ou com o linfedema. Mas são entidades que apesar de distintas, podem perfeitamente coexistir.
Redação Publicado em 22/05/2024, às 06h00
O linfedema caracteriza-se por um acúmulo de linfa devido sua drenagem estar prejudicada por algum motivo (infecção, trauma, cirurgias prévias…)
A obesidade, como bem sabemos, é um excesso de gordura corporal, simétrico, mas que pode se acentuar na cintura abdominal.
Já o Lipedema consiste na união de alguns fatores, como o depósito de tecido gorduroso em locais específicos do corpo, alinhado à presença de sintomas como dor ao simples toque. inchaço e hematomas espontâneos.
Segundo a cirurgiã vascular, Raffaela Federico, o lipedema pode levar ao linfedema, pois as células de gordura podem bloquear os vasos do sistema linfático. Esse bloqueio impede a drenagem adequada do fluido linfático, desencadeando o linfedema.
“Se não for tratado, o linfedema pode causar predispor infecções, atraso na cicatrização de feridas, desenvolvimento de tecido semelhante a uma cicatriz chamado fibrose e pele endurecida nas pernas”, ressalta a cirurgiã vascular.
“O lipedema é caracterizado pelo aumento simétrico de membros inferiores, devido a depósitos de gordura sob a pele, muitas vezes estendendo-se dos quadris aos tornozelos e geralmente se desenvolve durante alterações hormonais, como puberdade, gravidez ou menopausa”, explica a médica.
Vale ressaltar que essa condição afeta principalmente mulheres e pode afetar não só os membros inferiores como também superiores, quadril e dorso.
A textura das áreas afetadas pode ser diferente, às vezes descrita como “emborrachada” ou “pastosa” e, ao contrário dos depósitos de gordura padrão, a gordura do lipedema geralmente é dolorosa ao toque.
O diagnóstico é feito de forma clínica, durante a consulta, unindo história clinica e exame físico. O lipedema não tem cura, mas o tratamento pode ajudar a melhorar os sintomas. Divide-se em alguns pilares: