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Cuidados com as crianças no verão: entenda como prevenir problemas no ouvido

A otorrinolaringologista Dra. Viviane Martori Pandini explica como prevenir os casos de otite externa

Redação Publicado em 28/12/2022, às 06h00

É necessário cuidado redobrado nas férias
É necessário cuidado redobrado nas férias

Embora o período de férias seja destinado principalmente ao descanso e ao lazer, é importante que alguns cuidados em piscinas, praias e viagens de avião não sejam deixados de lado, especialmente com as crianças. A otorrinolaringologista pediatra Dra. Viviane Martori Pandini explica que essa mudança na rotina de atividades é uma das responsáveis pelo aumento dos casos de otite externa nas crianças diagnosticadas em seu consultório.

​A otite externa é uma infecção da pele do canal do ouvido e ocorre por contato com água contaminada, logo, é imprescindível que as pessoas se atentem ao visitar praias e piscinas. Atualmente, existem medicamentos que auxiliam as crianças na prevenção contra o problema, o que reforça a necessidade de consultar-se com um especialista antes de viajar ou frequentar estes espaços, especialmente quando já existir um histórico de doenças no ouvido”, diz Dra. Viviane.

Pandini ainda indica que sempre se enxugue o máximo possível de toda a orelha, utilizando apenas uma toalha fina, pois os pequenos também podem possuir uma quantidade maior de cera no ouvido, o que provoca irritabilidade e coceira ao entrar em contato com a água. Assim, uma consulta prévia com o otorrinolaringologista pode ajudar com uma limpeza adequada antes de alguma viagem ou longo período com frequentes visitas às piscinas.

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“Importante lembrar que, durante as viagens de avião, a pressão das aeronaves na subida e na descida podem causar dor e incômodo. Fornecer chiclete, bolacha ou qualquer alimento que faça a criança mastigar são uma forma de aliviar o problema”, orienta Dra. Viviane.

​Outro alerta feito pela especialista diz respeito às ondas sazonais de Covid-19 que têm afetado pessoas de todo o mundo, devido ao surgimento de novas variantes e a instabilidade das campanhas de vacinação. “Apesar da infecção pelo coronavírus impactar majoritariamente o sistema respiratório, a condição também possui registros de danos à audição, como a presença de dores e acúmulo de secreção atrás do tímpano.”

​Dessa forma, os cuidados durante a estação buscam prevenir as crianças do surgimento de possíveis alterações no ouvido e até mesmo incômodos relacionados a quadros de rinite. “Além da prevenção, é imprescindível que se busque atendimento médico ao aparecimento dos primeiros sintomas a fim de evitar maiores consequências. Automedicar-se nunca deve ser uma opção”, informa Dra. Viviane.