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Final do ano requer atenção contra infecções nas festas, em praias e piscinas

A infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues orienta sobre os principais cuidados para evitar infecções no verão.

Redação Publicado em 19/12/2022, às 06h00

É importante cuidar para evitar infecções na praia e na piscina
É importante cuidar para evitar infecções na praia e na piscina
A reta final do ano é um período de muita celebração, com diversas festas e confraternizações, além de ser uma época em que muitas famílias decidem organizar viagens para a praia ou comparecer a clubes com mais frequência. Segundo a infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel de Seni Rodrigues, é preciso atenção redobrada contra as doenças infeciosas presentes nestes espaços.
“Em relação às comemorações, as doenças virais costumam ser mais prevalentes, portanto, é essencial não relaxar nas medidas de prevenção. Caso haja sintomas de gripe ou que possam sinalizar uma infecção pela covid-19, é imprescindível que se procure atendimento médico e que, consequentemente, seja realizado isolamento até que os sinais desapareçam”, explica a especialista.

Dra. Ana ainda reforça a importância de estar com a vacinação contra o coronavírus em dia, o que também inclui as doses de reforço necessárias. “Caso haja dúvidas sobre a infecção pelo vírus, a recomendação é a realização de um ou mais testes. Lembrando sempre de optar por festividades em ambientes ao ar livre”, pontua.

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Praias e piscinas

No que diz respeito às praias, Rodrigues alerta sobre aquelas que possam ser consideradas impróprias para banho, seja pelo lançamento de esgoto nas águas, pela influência do formato da praia na capacidade de dispersão dos poluentes, pelas chuvas – pois arrastam a sujeira em maior volume para as praias por meio dos rios, cursos d'água, córregos e canais de drenagem –, ou mesmo pela imensa quantidade de turistas.
​“Assim, frequentar praias com água poluída ou areia contaminada oferece diversos riscos para a saúde devido a presença de determinadas bactérias, vírus, protozoários ou parasitas perigosos. Condições de exposição que podem resultar em doenças como disenteria, hepatite A, cólera, gastroenterite e febre tifoide”, explica Dra. Ana.

Já nas piscinas, o mais comum são as doenças de pele ou intestinais, como a giardíase, criptosporidíase ou micose, geralmente associadas a locais incorretamente higienizados ou que muitas pessoas façam o uso ao mesmo tempo. “A otite externa, inflamação dos ouvidos causada por bactérias, também é bem recorrente e acomete principalmente pessoas que ficam em piscinas por períodos mais longos”, diz a infectologista.

Diante desse cenário, recomenda-se ainda nunca frequentar praias ou piscinas caso esteja doente e manter feridas abertas fora da água, já que podem evoluir para graves infecções. “Além de evitar ao máximo engolir água de qualquer um desses locais, ou seja, é menos provável que se fique doente quando se anda ou nada sem colocar a cabeça embaixo da água”, orienta Dra. Ana.