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Veja como reações causadas pelo estresse podem resultar em danos aos rins

O nefrologista Henrique Carrascossi orienta como evitar os problemas nos rins

Redação Publicado em 28/05/2023, às 11h00

É imprescindível manter uma rotina de hábitos saudáveis
É imprescindível manter uma rotina de hábitos saudáveis

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 90% da população mundial enfrenta as reações causadas pelo estresse. Segundo o nefrologista Henrique Carrascossi, essa condição precisa ser combatida, já que está ligada não apenas ao envelhecimento precoce, distúrbios do sono e doenças do coração, mas também é comumente responsável por danos aos rins.

“Em situações de aparente perigo, o nosso cérebro, a fim de se proteger, estimula os nervos das glândulas adrenais, o que libera cortisol e aumenta a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Em uma condição de estresse crônico, essa substância é produzida em excesso, provocando a excreção de fosfato em níveis fora do padrão. Entre as diversas consequências, estão as alterações na função renal”, diz Carrascossi.

Ainda segundo o nefrologista, o desequilíbrio nos níveis de cortisol também causa um descontrole hormonal que pode levar ao comprometimento do funcionamento de órgãos vitais. “O estresse crônico é um ciclo vicioso que costuma afetar tecidos do coração, pulmão, fígado e rins, além de resultar em malefícios comportamentais, atrapalhando o rendimento da jornada de trabalho e apatia e desinteresse nas tarefas do cotidiano”.


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Para Carrascossi, os pacientes que já possuírem algum problema de saúde devem se esforçar ainda mais para evitar momentos de estresse, pois as reações do corpo podem piorar a condição. “Isso acontece porque assim como as unidades de filtragem de sangue do corpo, os rins também são propensos a problemas com a circulação sanguínea e os vasos sanguíneos. Logo, a pressão alta e o diabetes sobrecarregam os rins”.

Diante desse cenário, o especialista orienta ser imprescindível manter uma rotina de hábitos saudáveis, focada na realização de exercícios físicos e em uma alimentação equilibrada, com bastante água e consumo reduzido de açúcar e cafeína, já que esses itens estimulam as glândulas adrenais na liberação de adrenalina e cortisol.

“Lembrando ainda ser essencial que todos se consultem com um médico especializado quando houver o objetivo de prevenir doenças cardíacas e/ou renais, ou mesmo na intenção de melhorar a saúde enquanto se convive com alguma dessas doenças. O acompanhamento profissional é indispensável na manutenção do corpo humano, seja de forma geral ou em situações específicas”, diz Carrascossi.