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Infertilidade: tire suas dúvidas sobre o assunto

Especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, esclarece dúvidas sobre o assunto

Redação Publicado em 24/01/2024, às 06h00

Entenda como identificar e tratar a infertilidade
Entenda como identificar e tratar a infertilidade

Em todo o mundo 15% dos casais são inférteis, isso representa que a cada cinco casais, um é considerado infértil. Se você não sabe o que é a doença, o que causa, como identificar, tratar e outras informações, Dr. Nilo Frantz, responsável técnico da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, nos ajudará a esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto.

Frantz afirma que é considerada infértil uma pessoa ou o casal que no período de 12 meses não consegue chegar a uma gestação tendo relações sexuais regularmente sem métodos contraceptivos, mas em casos de mulheres com mais de 35 anos, o tempo cai para 6 meses.

“A doença atinge 15% dos casais em idade reprodutiva. Devido à tendência em deixar para engravidar mais tarde, alguns estudos já apontam para uma taxa de 20%”, afirma Frantz.

A infertilidade tem dois diferentes tipos: a primária e a secundária.  

“A primária é diagnosticada quando um casal está querendo ter filhos pela primeira vez e não consegue chegar ou manter uma gravidez após 12 meses de tentativas. Enquanto a secundária é quando casais que já têm pelo menos um filho não conseguem engravidar novamente ou sustentar uma gravidez até o nascimento do bebê”, explica Frantz.

Causas e influências

É estimado que 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentem problemas para engravidar, podendo ter causas masculinas, femininas ou em ambos.

Segundo Frantz, as principais causas femininas que contribuem para a infertilidade são a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos, comprometimento das trompas e idade avançada.

Já nos homens, a obstrução dos canais ejaculatórios por infecções ou vasectomia, distúrbios que tenham afetado os testículos na infância, diminuição na quantidade ou na motilidade dos espermatozoides e outros.

Também existem fatores como a qualidade de vida, estresse, fumo, álcool, alterações de peso e dieta, doenças pré existentes ou doenças que surjam ao longo da vida como o câncer, que podem fazer com que uma pessoa fique infértil.

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Vale ressaltar que um estudo feito pela Medical College of Georgia, nos EUA, trouxe informações importantes de que 17% das mulheres que participaram do estudo e que apresentaram uma infertilidade inexplicável tinham variantes genéticas que poderiam causar doenças como o câncer no futuro.

Já era sabido que a infertilidade tinha ligações com doenças, mas ainda não havia sido descoberto que a infertilidade poderia ser um sinal de que essa pessoa poderia ter uma grave doença no futuro.

Como identificar

Se você está suspeitando ser infértil, o primeiro passo é procurar um especialista e explicar o seu caso. Com isso, alguns exames serão pedidos e após os resultados será possível chegar a um diagnóstico ou prolongar a investigação.  

“Para as mulheres são pedidos exames como dosagem hormonal, ultrassonografia transvaginal, contagem de hormônio anti-mulleriano, biópsia de endométrio e entre outros. Já para os homens, o espermograma e teste hormonal são os principais, mas também existem outros”, explica Frantz.

Tratamentos de reprodução humana

Após a identificação do problema, se não houver um resultado satisfatório com outros tipos de tratamentos para reverter o quadro, pode-se utilizar alguns métodos de tratamentos reprodutivos, segundo Frantz, entre eles estão:

Fertilização in vitro (FIV): Processo em que a fertilização dos gametas é feita em laboratório. Os pré-embriões são transferidos para o útero da mãe, onde será desenvolvida a gestação.  

Inseminação artificial: procedimento em que o sêmen é preparado e inserido diretamente no interior do útero, com o objetivo de aproximar o espermatozoide do óvulo, facilitando a sua fertilização.  

Coito programado: relação sexual programada, com uso de medicamentos para indução da ovulação.