A médica Beatriz Jacob, referência em terapêutica com canabidiol, esclarece quando ele pode ser indicado para ansiedade e depressão
Redação Publicado em 12/12/2025, às 06h00

O canabidiol (CBD) tem se mostrado uma alternativa terapêutica promissora para depressão e ansiedade, especialmente para pacientes que não respondem bem a tratamentos convencionais, segundo a médica Beatriz Jacob.
O CBD atua no sistema endocanabinoide, ajudando a regular humor e controle emocional, e é considerado em casos específicos, como falta de resposta a antidepressivos tradicionais ou efeitos colaterais intensos.
Beatriz enfatiza a importância do acompanhamento médico e a individualização do tratamento, alertando para os riscos da automedicação e a necessidade de produtos regulamentados para garantir a segurança do uso do CBD.
O encerramento do ano costuma despertar reflexões profundas e, para muitos, a decisão de cuidar com mais seriedade da própria saúde emocional. A médica Beatriz Jacob, estudiosa do uso medicinal da cannabis, explica que o canabidiol (CBD) tem se consolidado como uma alternativa terapêutica promissora para casos selecionados de depressão e ansiedade. “É um recurso valioso quando usado com critério, acompanhamento médico e indicação adequada. Não é uma solução mágica, mas pode ser transformador para pacientes que não respondem bem ao tratamento convencional ou que apresentam efeitos colaterais importantes”, afirma.
A Dra. Beatriz explica que o canabidiol atua modulando o sistema endocanabinoide, responsável por regular processos como humor, sono, resposta ao estresse e controle emocional. “Quando esse sistema está desequilibrado, o corpo perde parte da capacidade de lidar com estímulos que antes eram administráveis. O CBD age suavizando essa hiperreatividade, trazendo mais estabilidade, menos tensão e uma sensação de presença emocional.”
Ela ressalta que o objetivo não é “desligar” sentimentos, mas reorganizá-los. “O paciente não perde o contato com a realidade, pelo contrário. Ele ganha espaço interno para enfrentar questões que antes pareciam insuportáveis.”
Segundo Beatriz, o canabidiol costuma ser considerado em três situações principais:
“O CBD não substitui a avaliação psiquiátrica ou psicológica, mas pode ser integrado ao tratamento. A indicação depende da história clínica, da intensidade dos sintomas e da resposta do paciente a outras abordagens”, explica.
Beatriz observa que muitos relatam melhora do sono, redução da ruminação mental, menos irritabilidade e maior capacidade de organização emocional. “Quando o sono melhora, a vida inteira melhora. Quando a ansiedade perde força, o paciente consegue retomar atividades que havia abandonado. É um efeito em cadeia.”
Ela reforça que o acompanhamento é indispensável porque cada corpo reage de forma única. “Não existe dose padrão. A condução deve ser individualizada, com ajustes cuidadosos.”
Dra. Beatriz destaca que uma das principais vantagens do CBD é o bom perfil de segurança. “Quando prescrito corretamente, tem baixa chance de efeitos adversos relevantes. O maior risco, na verdade, está na automedicação, no uso de produtos sem qualidade certificada e na falta de acompanhamento.”
Ela reforça que o paciente deve buscar médicos habilitados e produtos regulamentados. “A procedência importa tanto quanto a dose.”
Com a chegada de um novo ciclo, muitas pessoas colocam a saúde mental no topo da lista de prioridades. Para Beatriz, essa mudança é bem-vinda. “Cuidar da mente é um ato de coragem e de maturidade. O canabidiol é uma ferramenta que pode apoiar esse cuidado, mas sempre dentro de um tratamento responsável e seguro.”
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