As lideranças femininas trazem empatia e inovação, promovendo mudanças significativas nas empresas e inspirando novas gerações
Redação Publicado em 06/07/2025, às 06h00
Estar à frente dos próprios negócios requer o alinhamento de estratégias e objetivos que visam a solidificação da marca, o crescimento sustentável e a construção de uma cultura organizacional forte. No cenário atual, as lideranças femininas têm se destacado justamente por essa capacidade de gestão estratégica aliada à sensibilidade para lidar com pessoas e transformações sociais.
Mulheres empreendedoras vêm quebrando barreiras, ocupando espaços historicamente dominados por homens e promovendo uma nova forma de liderar, pautada na empatia, colaboração e inovação. Sua atuação tem impulsionado mudanças significativas nas estruturas empresariais e inspirado novas gerações a acreditar no poder da diversidade e da equidade de gênero.
A valorização das lideranças femininas não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente para empresas que desejam se manter competitivas em um mercado cada vez mais dinâmico e plural.
Segundo Andreia Roma, CEO da Editora Leader e idealizadora do Selo Editorial Série Mulheres, é preciso celebrar o progresso já alcançado. “Cada vez mais mulheres têm assumido posições de liderança, mostrando competência, visão e humanidade”, afirma. Apesar disso, ela ressalta que o equilíbrio entre vida pessoal e carreira e a criação de ambientes mais inclusivos ainda são desafios constantes.
Já Ylana Miller, especialista em gestão de pessoas e CEO da Yluminarh, destaca que a representatividade feminina em cargos de liderança cresceu, mas de forma lenta. “Ainda temos baixa presença feminina na alta gestão das organizações, o que impacta na falta de referências para outras mulheres”, observa. A desigualdade salarial, mesmo entre profissionais igualmente qualificadas, e os vieses inconscientes que questionam a capacidade de liderança feminina, como a suposta dificuldade em conciliar carreira e maternidade, continuam a ser grandes entraves.
Tânia Zambon, especialista em comportamento humano e estrategista de negócios, ressalta que a transformação começa com preparo interno e ação estratégica. “A principal estratégia é a formação contínua com foco em performance e identidade. Mulheres precisam ser preparadas não apenas tecnicamente, mas também emocionalmente para liderar”, explica. Para ela, autoconhecimento, fortalecimento emocional e mentoria são peças-chave. “As estratégias mais eficazes passam por três pilares: foco, força e fé, sustentados por um plano de ação claro. Quando a mulher entende seu papel estratégico e domina sua comunicação, ela se torna imparável e inspira outras mulheres”, afirma.
Mais do que ocupar cargos estratégicos, as mulheres têm contribuído de forma significativa para a transformação da cultura organizacional. Andreia Roma enxerga na liderança feminina um modelo mais colaborativo, sensível e focado em resultados com propósito. “É uma liderança que escuta, que respeita e que constrói pontes, não muros. Essa transformação se faz com inclusão, não com exclusão”, enfatiza.
Essa visão é compartilhada por Ylana Miller, que destaca a importância do equilíbrio entre firmeza e empatia — traços frequentemente associados às lideranças femininas. “Esse equilíbrio vem do autoconhecimento e da comunicação assertiva. Uma liderança que escuta e promove segurança emocionaldentro da equipe aumenta oengajamento e, consequentemente, a produtividade”, explica.
Tânia Zambon complementa: “A mulher, quando lidera, transforma ambientes e acelera resultados. Ela traz uma visão integradora, sistêmica e sensível, que não apenas analisa dados, mas entende pessoas.” Para ela, esse tipo de liderança promove ambientes mais empáticos, times mais engajados e inovações consistentes. “Quando unimos a performance com o propósito, algo que o olhar feminino faz com maestria, o resultado é um novo padrão de excelência nas empresas”, conclui.
Para mulheres que desejam empreender ou ocupar espaços de liderança, mas ainda se sentem inseguras, Andreia Roma deixa um conselho direto: “Confie na sua história. Não espere estar 100% pronta. Comece com o que você tem, e no caminho virá o fortalecimento.” Ela também destaca a importância do apoio mútuo entre mulheres, da troca de experiências e da construção de redes de inspiração e acolhimento.
Nesse mesmo sentido, Tânia Zambon reforça que a principal barreira é interna. “Toda mulher que deseja liderar precisa entender: a barreira mais desafiadora não está fora, está dentro, na forma como ela se enxerga.” Seu conselho é prático e direto: “Comece com o que você tem, onde você está, mas comece com um plano. Um plano de ação simples, claro, com metas semanais e pequenas vitórias. Isso gera confiança e movimento.”
Ela completa com uma mensagem inspiradora: “Foco no que importa: soluções reais para o seu negócio. Força para não parar diante das críticas ou das dúvidas. Fé para seguir, mesmo quando o caminho parecer invisível. Você não precisa provar nada pra ninguém. Só precisa provar pra si mesma que é capaz de se comprometer com o seu futuro. Liderança começa dentro. E mulheres que lideram com alma, estratégia e método, mudam tudo ao seu redor. Sim, é possível!”
O movimento pelo fortalecimento da liderança feminina já é uma realidade crescente, impulsionada por histórias de superação, coragem e protagonismo. No entanto, ainda é necessário um esforço coletivo para derrubar barreiras invisíveis e garantir que mais mulheres possam não apenas ocupar, mas transformar espaços de poder.
“A liderança feminina não quer tirar ninguém do jogo. Ela quer ampliar o campo, incluir mais vozes e transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais humano, justo e produtivo para todos”, finaliza Andreia Roma.