Sabia que criança pode apresentar bruxismo?

Antes de mais nada, vamos explicar o que é esse tal bruxismo. Trata-se de um hábito funcional, que se caracteriza pelo apertar ou ranger dos dentes de forma involuntária e repetitiva, principalmente durante o sono.  Seus sintomas são dores de cabeça, nas articulações da mandíbula, desgaste e mobilidade dos dentes, marcas na parte interna das bochechas e na língua, além de zumbidos no ouvido e estalos ao abrir e fechar a boca.

De acordo com a odontopediatra, Dra. Liz Moraes, o bruxismo, especialmente em crianças, está muito ligado aos fatores emocionais. “Hoje em dia, com a liberdade que as crianças têm e o apelo tecnológico, nós vemos crianças muito pequenas com uma demanda muito grande de afazeres, de atividade, além de muito tempo online, em telas, jogos eletrônicos, desenhos, tornando–as mais propensas a quadros de agitação e ansiedade”, alerta a profissional.Segundo Dra. Liz já existe comprovação científica que o uso de tela pode realmente agitar essa criança. Sendo assim delimitar o tempo de tela dessa criança é mais do que uma simples recomendação.

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O sistema nervoso central influencia diretamente no bruxismo e isso pode desencadear em uma maior severidade no problema.A odontopediatra afirma que é importantíssimo tratar esse bruxismo, mas que ele não pode ser observado de forma isolada e sim de maneira multidisciplinar. “Não é o profissional colocando uma placa interoclusal na criança que vai resolver o problema.

Ela pode vir a ser necessária, mas muitas coisas devem ser notadas e trabalhadas co profissionais em conjunto”, esclarece.Dra. Liz Moraes explica que o bruxismo é multifatorial e tem origem no sistema nervoso central. Então, é necessário e imprescindível diminuir o uso de telas e fazer uma reeducação nessa criança em relação a esse tipo de comportamento, além de uma avaliação com uma psicopedagoga e com um psicólogo.

“Muitas vezes é esse atendimento multifatorial que mudará o hábito de ranger ou apertar os dentes, eliminando o bruxismo dessa criança, mesmo sem a placa”, conclui.