Mariana Kotscho
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Mulheres no comando: como a inteligência emocional impulsiona lideranças femininas

Em mês de reflexão sobre propósito e carreira, juíza federal explica como fortalecer mulheres no comando

Redação Publicado em 14/11/2025, às 06h00

Três mulheres vestida como executivas em sala de reunião
O equilíbrio entre empatia e assertividade é uma das ases da liderança feminina contemporânea. - Foto: Canva Pro

Novembro é um mês de reflexão sobre liderança e inteligência emocional, especialmente para mulheres em ambientes corporativos desafiadores, onde essa habilidade se torna um diferencial estratégico. A juíza Alessandra Belfort destaca que liderar com consciência emocional é um dos maiores desafios e fortalezas das mulheres atualmente.

A compreensão do neurolaw, que relaciona neurociência e direito, é crucial para líderes, pois permite uma abordagem mais racional e menos reativa em situações de pressão. Isso não apenas melhora o clima de trabalho, mas também aumenta a produtividade e a qualidade das decisões.

Belfort enfatiza a importância do equilíbrio entre empatia e assertividade na liderança feminina, que é essencial para inspirar confiança e promover ambientes colaborativos. Ela conclui que líderes que compreendem suas emoções e seu impacto são capazes de transformar ambientes e pessoas, trazendo um propósito significativo ao seu trabalho.

Resumo gerado por IA

Novembro é tradicionalmente um período de reflexão sobre propósito, escolhas e futuro profissional. Para muitas mulheres, esse também é o momento de avaliar o caminho percorrido e o papel da inteligência emocional na forma de liderar. Em um mundo corporativo e institucional ainda marcado por pressões, competitividade e desafios de gênero, compreender o próprio funcionamento emocional se tornou um diferencial estratégico para quem está, ou deseja estar, no comando.

De acordo com a juíza federal Alessandra Belfort, especialista em gestão emocional, neurolaw e carreiras, liderar com consciência emocional é um dos maiores desafios,  e também uma das maiores fortalezas, das mulheres na atualidade.

“A mulher que entende suas emoções, reconhece seus gatilhos e consegue usar isso a seu favor lidera com muito mais empatia, firmeza e autenticidade. A inteligência emocional não é apenas uma habilidade comportamental, mas uma ferramenta de decisão e influência”, afirma a especialista.

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O neurolaw, área que une neurociência e direito, estuda como o cérebro humano reage a emoções, julgamentos e tomadas de decisão. Segundo Alessandra Belfort, compreender esses mecanismos é essencial para quem ocupa cargos de liderança, especialmente mulheres, que muitas vezes enfrentam cenários de alta cobrança e menor tolerância a erros.

“Quando uma líder compreende que o cérebro reage com base em padrões emocionais e memórias, ela passa a agir de forma mais racional e menos reativa. Isso melhora o clima de trabalho, reduz conflitos e aumenta a produtividade da equipe”, explica.

Ela destaca que o domínio das próprias emoções também contribui para tomadas de decisão mais equilibradas. “Liderar sob pressão exige autocontrole e empatia. O autoconhecimento emocional permite à mulher sustentar sua autoridade sem perder a humanidade”, completa.

O equilíbrio entre empatia e assertividade é um dos pilares da liderança feminina contemporânea. Para a juíza, compreender o outro sem abrir mão da firmeza é o que diferencia gestoras inspiradoras de chefes autoritárias.

“Empatia não significa ser complacente, e assertividade não é sinônimo de rigidez. A mulher emocionalmente inteligente entende o momento de acolher e o momento de decidir”, pontua Alessandra Belfort.

Ela reforça que esse equilíbrio é especialmente importante em ambientes desafiadores, como o Judiciário, o setor corporativo e cargos executivos.

“As líderes que conseguem manter o controle emocional inspiram confiança e promovem um ambiente mais colaborativo. Isso reflete diretamente nos resultados e na retenção de talentos”, diz.

Alessandra Belfort ressalta que a liderança feminina vai além de ocupar espaços: trata-se de dar sentido ao que se faz.

“A mulher que se conhece e entende o impacto de suas emoções lidera com propósito. Ela não apenas entrega resultados, mas transforma ambientes e pessoas. E é isso que o mundo corporativo precisa cada vez mais: líderes que unem razão, emoção e propósito”, conclui.

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