Mariana Kotscho
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Hormônio liberado na prática de exercícios protege os rins contra os danos do diabetes

Nefrologista enfatiza que diabetes é uma das principais causas de doença renal no mundo

Redação Publicado em 17/05/2024, às 06h00

Se exercícitar pode previnir doença renal
Se exercícitar pode previnir doença renal

A preservação da saúde renal tem sido uma preocupação crescente nos últimos anos, especialmente em meio ao aumento das taxas de doenças crônicas em todo o mundo. Pensando nisso, o nefrologista Henrique Carrascossi destaca de que forma a adoção de bons hábitos, como a prática regular de exercícios físicos, pode ajudar a proteger os rins.

Diversos estudos, como o publicado por uma equipe de pesquisadores da Unicamp na revista Scientific Reports mostram, inclusive, que a irisina, substância liberada durante a prática de quaisquer tipos de atividades físicas, evita a degeneração celular que leva à nefropatia diabética e, consequentemente, à insuficiência renal.

“O diabetes, principalmente quando não controlado, representa uma ameaça significativa para a saúde dos rins, pois pode danificar os vasos sanguíneos dos órgãos, interferindo em seu funcionamento, isso é, prejudicando a capacidade de filtração do sangue”, explica o nefrologista.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), mais de 25% das pessoas com diabetes tipo I e entre 5 e 10% dos portadores de diabetes tipo II desenvolvem insuficiência renal. Cenário que ressalta a necessidade urgente de medidas preventivas, como exercícios físicos, dieta com alimentação equilibrada, adequado controle do peso, ingestão adequada de líquidos e evitar o consumo excessivo de álcool.

Carrascossi também destaca que a progressão lenta da doença permite que o organismo se adapte à diminuição da função renal, fazendo com que muitos pacientes não manifestem sintomas até que haja um comprometimento grave dos rins. “Portanto, ao notar sinais que possam indicar problemas, como alterações da urina, incômodo ao urinar, dor lombar, inchaços, fraqueza, enjoo, vômitos ou alterações na pressão arterial, procure atendimento médico”, diz Carrascossi.