O pneumologista Dr. Flávio Arbex alerta sobre sintomas, formas de transmissão e os principais tratamentos para pneumonia
Redação Publicado em 12/11/2022, às 06h00 - Atualizado às 08h05
Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial da Pneumonia é celebrado anualmente em 12 de novembro e tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção contra a doença. Mundialmente, são mais de 2 milhões de mortes ao ano. Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, grande parte dos casos podem ser atribuídos ao ar poluído, seja a poluição exterior ou mesmo do ar doméstico.
“Os grupos de risco mais suscetíveis costumam ser os muito jovens e os mais velhos, especialmente quando expostos ao ar doméstico em casas que fazem uso regular de combustíveis e tecnologias poluentes para cozinhar, aquecer e iluminar. Já no ar externo, os responsáveis são os poluentes emitidos por indústrias, automóveis e queimadas, afetando desproporcionalmente a saúde respiratória”, explica o pneumologista.
Entre os principais sintomas estão a tosse com produção de expectoração; febre; mal-estar geral; falta de ar; e dor torácica, que piora com os movimentos respiratórios. Além do ar, a transmissão ainda pode ser adquirida por saliva, secreções, transfusão de sangue ou, durante o inverno, devido a mudanças bruscas de temperatura.
“O corpo humano naturalmente já possui a bactéria da doença, mas ao perder o mecanismo de defesa, abre-se espaço para a evolução do problema, facilitando a transmissão de forma aspirativa, já que uma pessoa acometida pela pneumonia pode perder os aspectos de proteção da via aérea e acarretar uma maior exposição aos micro-organismos causadores da doença”, comenta Arbex.
Outros fatores de risco incluem o tabagismo, pois provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; o consumo de álcool e uma inadequada alimentação, que interferem no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório.
Diante desse cenário, Dr. Flávio indica que as melhores formas de prevenção consistem em lavar as mãos frequente e corretamente; evitar aglomerações; e manter uma regular higienização de ambientes domésticos e do ar-condicionado. “Lembrando também que já existem vacinas capazes de proteger a população contra a pneumonia, que podem ser aplicadas em menores de 2 anos e pessoas acima dos 60.”
A vacina “pneumo 23”, pode ser encontrada em postos de saúde e é recomendada para pacientes com condições específicas, como infecção pelo HIV, doença pulmonar ou cardiovascular crônica grave, insuficiência renal crônica, síndrome nefrótica, diabetes mellitus insulinodependente, cirrose hepática e pacientes com imunodeficiências, entre outros. Já a “pneumo 13” está disponível apenas por meio das redes privadas – e embora também possa ser aplicada em adultos, é especialmente indicada para proteção de crianças e adolescentes entre 6 semanas e 17 anos de idade.