Mariana Kotscho
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Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose: atenção para os fatores de riscos

A ginecologista e obstetra Dra. Karen Morelli explica como a doença se desenvolve, os principais sintomas, fatores de riscos e formas de tratamento

Redação Publicado em 07/05/2024, às 06h00

A edometriose pode causar muita dor
A edometriose pode causar muita dor

Celebrado anualmente em 7 de maio, o Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose tem como objetivo abordar um dos desafios mais significativos para a saúde feminina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 176 milhões de mulheres lidam com as consequências dessa condição. Somente no Brasil, são mais de 7 milhões de casos registrados.

Entre os principais fatores de risco associados à endometriose estão o histórico familiar, menarca precoce e ciclos menstruais curtos. Pensando nisso, a ginecologista e obstetra Dra. Karen Morelli fornece algumas informações essenciais sobre essa doença complexa e muitas vezes debilitante.

“A endometriose ocorre quando células parecidas com a célula do tecido endometrial aparecem em locais fora da parte interna do útero. Embora esteja fora do útero, este tecido ainda responde aos ciclos hormonais mensais, ou seja, elevando os riscos de inflamação, dor intensa e formação de cicatrizes”, explica a ginecologista.

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Os sintomas variam entre as mulheres, podendo causar dor pélvica crônica, cólicas menstruais graves, dores durante relação sexual, sangramentos menstruais irregulares e problemas intestinais ou urinários durante o período menstrual. “Portanto, a chave para um melhor gerenciamento da endometriose está no diagnóstico precoce, que pode ser feito através de exames físicos, ultrassonografia e ressonância magnética”, diz Dr. Karen.

 A partir disso, será possível iniciar um tratamento personalizado para cada paciente, levando em consideração a gravidade dos sintomas e os planos reprodutivos. Entre as principais intervenções estão o uso de métodos hormonais a base de progesterona, dispositivos intrauterinos (DIUs) com progesterona, métodos antioxidativos, métodos imunossupressores e por din. Em alguns casos pode ser necessário um tratamento cirúrgico.

Em uma data tão importante, Dra. Karen reforça ser fundamental aumentar a conscientização sobre a doença, a fim de garantir que todas as mulheres possam ter acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado. “Apenas com uma mobilização global constante poderemos enfrentar os desafios do problema e fornecer os cuidados necessários para que todas consigam viver com mais qualidade de vida”.

Quem é Dra. Karen Morelli?

Médica especialista em saúde da mulher, a Dra. Karen Morelli é formada em Ginecologia e Obstetrícia pela PUC-SP, com especialização em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO. A profissional também é aprimorada em Mastologia pelo IBCC, além de especialista em Imaginologia Mamária pelo CBR e preceptora da residência médica de radiologia em imaginologia mamária no HMCP da PUC-Campinas.

Dra. Karen Morelli ainda adquiriu Fellowship em Ginecologia Regenerativa no ano de 2022 e, atualmente, cursa pós-graduação em Ginecologia Integrativa, além de atender via agendamento médico em consultório particular.