Especialista em cuidados paliativos orienta como proteger os mais velhos dos desafios climáticos
Redação Publicado em 18/01/2024, às 06h00
Um estudo realizado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP mostrou que as variações extremas de temperatura podem ampliar o risco de mortalidade em idosos. A pesquisa relata que enquanto o frio está relacionado com problemas do coração, o calor é mais frequentemente associado aos acidentes vasculares cerebrais (AVC).
Para a geriatra especialista em cuidados paliativos Dra. Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex, essa descoberta vai de encontro ao que outros estudos já mostravam, que o organismo idoso é consideravelmente mais vulnerável aos extremos climáticos. “Logo é imprescindível adotar estratégias de proteção e suporte aos mais velhos durante condições de clima adversas”.
Além das melhorias das políticas públicas de atendimento ao idoso, especialmente aqueles em situação de rua, Dra. Maria Carolyna também ressalta a necessidade de cuidados específicos dentro de casa. “Durante as ondas de calor é essencial garantir que os mais velhos estejam se hidratando corretamente, além de buscar manter os ambientes de convivência sempre bem climatizados”.
Já durante o frio, bebidas quentes, assim como banhos rápidos com água em temperatura morna, ajudam a evitar o adoecimento do corpo. Noites frias requerem ainda o uso de roupas adequadas, cobertores e de espaços que impeçam ao máximo a entrada de friagem. Manter as vacinas em dia, especialmente contra gripe e pneumonia também são medidas imprescindíveis.
“O mais importante é garantir, dentro do possível, que o idoso esteja confortável, sem nenhum tipo de incômodo que possa estar relacionado ao clima. Lembrando que caso haja manifestações gripais ou o aparecimento de sintomas como tontura, cansaço extremo, falta de ar ou qualquer outro sinal relacionado ao frio ou calor, o ideal é procurar atendimento médico para receber a ajuda adequada”, diz Dra. Maria Carolyna.