Um diagnóstico personalizado e acompanhamento interdisciplinar são essenciais para um tratamento ortodôntico bem-sucedido
Redação Publicado em 05/12/2025, às 06h00

A ortodontia é um tratamento que vai além da estética, corrigindo funções como respiração e mastigação, e pode beneficiar pacientes de todas as idades, conforme destaca a Dra. Sandra Yuki.
Estudos indicam uma alta prevalência de necessidade de tratamento ortodôntico entre adolescentes e mostram que o uso de aparelhos fixos melhora a qualidade de vida emocional dos jovens.
O tratamento deve ser personalizado e pode envolver uma equipe interdisciplinar, com ênfase na importância do diagnóstico precoce e acompanhamento regular para garantir resultados eficazes.
Durante muito tempo, o aparelho ortodôntico foi associado apenas a adolescentes — e, muitas vezes, apenas à estética. No entanto, segundo a Dra. Sandra Yuki, dentista com especialização em ortodontia e atendimento a pacientes de todas as idades, o tratamento vai muito além de alinhar dentes.
“A ortodontia não é apenas sobre aparência. Ela corrige funções, melhora a respiração, previne desgastes e dores articulares e ainda contribui para a autoestima e a qualidade de vida. Isso vale para crianças, adolescentes e adultos”, explica.
A avaliação ortodôntica pode — e deve — começar na infância. Segundo a Dra. Sandra, o ideal é observar o desenvolvimento das arcadas e da mordida antes mesmo da troca completa dos dentes de leite.
“Quando identificamos precocemente problemas como respiração bucal, mordida cruzada ou apinhamento dentário, conseguimos agir com soluções menos invasivas e mais eficazes”, destaca.
Estudos reforçam essa importância. Uma revisão sistemática mostrou alta prevalência da necessidade de tratamento ortodôntico entre adolescentes de 12 a 15 anos. Outro trabalho da UFMG apontou melhora significativa na qualidade de vida emocional entre jovens que iniciaram o uso de aparelho fixo.
Mas, ao contrário do que muitos acreditam, a ortodontia não tem idade limite.
“Hoje, é cada vez mais comum atender adultos em busca de correção funcional e estética. Com os avanços tecnológicos, os aparelhos estão mais discretos, confortáveis e eficientes. Corrigir o sorriso aos 30, 40 ou 50 anos é totalmente possível — e pode até aliviar dores na mandíbula ou melhorar a mastigação”, afirma a especialista.
De acordo com a Dra. Sandra, um tratamento ortodôntico eficaz deve começar com um diagnóstico personalizado. “Cada paciente tem um padrão facial e funcional único. O planejamento deve respeitar isso”, pontua.
O acompanhamento pode envolver uma equipe interdisciplinar — com ortodontista, fonoaudiólogo, odontopediatra e até otorrinolaringologista, dependendo do caso.
“O trabalho conjunto garante resultados mais completos, porque a boca está conectada a toda a funcionalidade respiratória e postural do corpo”, acrescenta.
Outros pontos essenciais incluem:
A Dra. Sandra recomenda atenção a alguns indícios que podem aparecer em qualquer idade:
“Esses sinais não devem ser ignorados. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor o resultado — mas sempre há tempo de corrigir e reequilibrar as funções orais”, reforça.
A especialista enfatiza que a ortodontia moderna une função e estética.
“Um sorriso bonito é resultado de equilíbrio. Quando a mordida está correta e a função mastigatória adequada, a estética vem naturalmente. E isso impacta não só na aparência, mas na autoconfiança e até na forma de se comunicar”, conclui a Dra. Sandra Yuki.
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