O urologista Dr. Thiago Tagliari explica em qual idade surgem os primeiros sinais da andropausa e comenta as principais formas de tratamento
Redação Publicado em 08/09/2022, às 06h00
Embora a andropausa seja um período da vida dos homens em que o corpo começa a sofrer mudanças físicas, psicológicas e comportamentais devido a alterações hormonais, o termo não possui o mesmo significado da menopausa, época em que as mulheres vão gradualmente parando a sua produção de progesterona e estrogênio.
O urologista Dr. Thiago Tagliari explica que essa comparação não é viável, pois não ocorre exatamente uma “pausa” durante a andropausa. “A comunidade médica tem preferido adotar a expressão ‘deficiência androgênica do envelhecimento masculino (DAEM)’ quando se refere a essas mudanças no corpo dos homens.”
Tal insuficiência hormonal já começa a se apresentar a partir dos 40 anos e se reforça quando os homens adentram a casa dos 50, refletindo em sintomas como: cansaço físico e mental; perturbações do sono; falta de entusiasmo com o cotidiano; dores incomuns nas articulações; redução no crescimento de pelos; declínio das capacidades intelectuais; e problemas sexuais de ereção e libido.
Ao suspeitar de sintomas da andropausa, a primeira coisa a fazer é procurar um médico especializado a fim de realizar um teste hormonal e analisar o nível de testosterona no sangue. A partir disso será aplicado um tratamento com o objetivo de reposição de hormônios andrógenos, seja por cápsulas de via oral, injeções intramusculares, cremes ou adesivos para a pele”, comenta Dr. Thiago.
O especialista alerta que, embora raro, alguns pacientes podem sofrer com a queda dos hormônios antes dos 40 anos. “Essas insuficiências, embora muitas vezes inexplicáveis do ponto de vista médico, também podem ser atribuídas a um estilo de vida não saudável, com consumo excessivo de álcool ou ganho de peso com acúmulo de gordura abdominal, o que resulta em maior aumento na produção de estrogênio (hormônio feminino) e uma queda na testosterona.”
Em ambos os casos os tratamentos seguem as mesmas diretrizes, havendo contraindicações apenas em casos de câncer de próstata ativo, câncer de mama, distúrbios metabólicos, coagulação excessiva, doenças cardíacas descontroladas e intolerância a produtos androgênicos.