Mariana Kotscho
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Abril Azul: atendimento odontológico especializado é essencial para saúde dos dentes de crianças autistas

A especialista em odontopediatria Dra. Fabiana Porsani explica as melhores formas de lidar com os pequenos na hora de cuidar dos dentes

Redação Publicado em 15/04/2023, às 06h00

Fazer consultas regulares ao dentista é importante para manter a saúde dos dentes
Fazer consultas regulares ao dentista é importante para manter a saúde dos dentes

Estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Abril Azul se destina a conscientizar as pessoas sobre questões do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ainda segundo a entidade, uma em cada 160 crianças no mundo vive com a condição. Para a especialista em odontopediatria Dra. Fabiana Porsani, o mês também se apresenta como a oportunidade ideal para abordar a importância de um atendimento odontológico especializado para crianças autistas.

Diversas são as dificuldades encontradas por pais e filhos autistas no momento em que precisam ir ao dentista. Seja por impasses na comunicação, pelas alterações sensoriais que dificultam a aceitação de procedimentos ou mesmo pela presença dos adultos na hora da consulta, que muitas vezes se mostram ansiosos e consequentemente ampliam as reações negativas dos pequenos”, explica Dra. Fabiana.

A especialista orienta que os pais levem as crianças para sua primeira consulta odontológica já nos primeiros meses de vida, antes mesmo do nascimento de dentes de leite. “Isso porque as idas regulares ao consultório desde muito cedo promovem maior facilidade de ambientação, o que ajuda não apenas na prevenção de possíveis doenças, mas também em menores chances de rejeição quando houver necessidade de algum procedimento.”

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O atendimento odontológico especializado é essencial para entender e atuar junto à criança autista de acordo com as suas necessidades individualizadas. Assim, a presença de um dentista capacitado, bem como de toda uma equipe multidisciplinar é imprescindível durante a construção de uma relação baseada em confiança e dedicação, a fim de que o indivíduo se torne mais cooperativo.

Porsani, então, reforça que o profissional interessado a tratar desse público em específico deve se especializar em aspectos que vão além das capacidades técnicas. “Isso é, não basta apenas fazer com que a criança entenda o propósito dos estímulos auditivos, táteis, visuais, gustativos e olfativos que ela poderá sentir durante o tratamento, é preciso que tudo isso seja realizado da forma mais humanizada e sensível possível.”