Mariana Kotscho
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Como tratar a infertilidade secundária, quando a segunda gestação parece impossível?

Mesmo após uma concepção natural anterior, alguns casais podem ter a chamada infertilidade secundária

Redação Publicado em 09/08/2024, às 06h00

Os tratamentos para infertilidade avançaram
Os tratamentos para infertilidade avançaram

Mesmo após uma primeira gestação tranquila, alguns casais têm dificuldades em gerar mais um filho mesmo após 12 meses de relações sexuais. Essa condição é chamada de infertilidade secundária. “A incapacidade de conceber ou gerar outro bebê após 12 meses de relações sexuais desprotegidas em uma mulher que já teve um bebê no passado sem nenhum tratamento de fertilidade não é algo incomum. A infertilidade secundária ocorre aproximadamente na mesma taxa que a infertilidade primária (quando os casais não conseguem conceber seu primeiro bebê). Afeta homens e mulheres igualmente”, explica o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime, em São Paulo.

Segundo o médico, diagnosticar a causa dessa infertilidade secundária é fundamental para indicar o tratamento adequado. “As causas são, por vezes, as mesmas da infertilidade primária: envelhecimento, distúrbios de ovulação, baixa contagem de espermatozoides e outros fatores. Embora a infertilidade secundária possa ser uma surpresa para muitos casais, ela pode ser tratada com sucesso”, diz o médico.

O plano de tratamento tem relação com a causa e aumenta as chances de conceber um filho. “Medicamentos para fertilidade ajudam a estimular hormônios que podem ajudar as mulheres a ovular. Eles podem ser tomados por via oral ou injetados. A cirurgia para infertilidade secundária também pode ser indicada. Um procedimento minimamente invasivo chamado histeroscopia é usado para tratar a endometriose, limpar os bloqueios das trompas de Falópio ou remover tecido cicatricial, pólipos e miomas do útero”, comenta o médico.

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Nos homens, segundo o médico, a cirurgia é mais comumente usada para remover varicoceles. A cirurgia também pode corrigir tubos de epidídimo bloqueados ou com cicatrizes que armazenam e transportam esperma e vasectomias reversas. “Também é importante fazer ajustes no estilo de vida, melhorando a dieta, o sono e a prática de atividade física nesses pacientes”, explica. “Em alguns casos, indicamos as tecnologias reprodutivas avançadas em reprodução assistida, com procedimentos de fertilidade que envolvem o manuseio de óvulos, espermatozoides ou embriões, que têm taxa de sucesso de 24%. Dois dos procedimentos mais comuns são a fertilização in vitro e a inseminação intrauterina (IIU). Esses tratamentos podem possibilitar e viabilizar o segundo filho. Mas é fundamental buscar ajuda o quanto antes”, finaliza o especialista.