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Como organizar a rotina dos filhos de pais separados

Datas especiais como festas e comemorações merecem atenção especial na hora de organizar a rotina dos filhos de pais separados

Redação Publicado em 09/01/2025, às 06h00

A criança que tem pais separados normalmente passa metade das férias com cada um
A criança que tem pais separados normalmente passa metade das férias com cada um

As festas de fim de ano, por exemplo, são momentos de celebração e união familiar, mas para pais separados, organizar a guarda dos filhos durante esse período pode se tornar um desafio emocional e logístico. Segundo o advogado especialista em direito de família, Guilherme Galhardo, o segredo para evitar conflitos e garantir que as crianças aproveitem as comemorações está em priorizar o diálogo, o planejamento e o bem-estar dos pequenos.

“A convivência com ambos os pais é fundamental para o desenvolvimento emocional da criança. Nas festas de fim de ano, que têm um peso emocional tão grande, é importante que os pais coloquem de lado os atritos pessoais e busquem acordos que permitam que os filhos vivenciem momentos felizes com ambos, de forma equilibrada”, explica Galhardo.

O advogado sugere que o planejamento para as festas de fim de ano comece com antecedência, considerando tanto as preferências das crianças quanto a logística das famílias. “O ideal é que as datas sejam alternadas ou divididas de maneira justa. Por exemplo, um dos pais pode passar o Natal com os filhos, enquanto o outro fica com eles no Ano Novo, alternando no ano seguinte. Outra opção é dividir o dia, permitindo que as crianças celebrem com as duas famílias”, propõe.

Quando se trata de viagens, é essencial que as decisões sejam compartilhadas e respeitem os direitos de ambos os pais. “Se um dos responsáveis pretende viajar com as crianças, é necessário comunicar o outro com antecedência”, alerta Galhardo.

A comunicação aberta e clara é outro ponto crucial para evitar desentendimentos. “Manter um canal de diálogo saudável ajuda a resolver questões práticas, como horários de entrega e busca, ou ajustes de última hora. Se a comunicação direta for difícil, aplicativos específicos para organização da guarda podem ser úteis”, orienta o especialista.

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Galhardo também enfatiza que as necessidades e os desejos das crianças devem ser sempre o foco das decisões. “Ouvir os filhos sobre como gostariam de passar o Natal ou o Ano Novo pode trazer insights valiosos para organizar a guarda de forma mais sensível e harmoniosa. O mais importante é que eles se sintam incluídos e respeitados nesse processo.”

Por fim, o advogado reforça a importância de respeitar os acordos firmados, sejam eles informais ou estabelecidos judicialmente. “Desrespeitar um acordo de guarda pode gerar conflitos desnecessários e até repercussões legais. Se houver divergências graves, o ideal é buscar mediação ou orientação jurídica para ajustar os termos da convivência.”

Para Guilherme Galhardo, o período das festas deve ser uma oportunidade de fortalecer os laços familiares, mesmo diante das complexidades de uma guarda compartilhada. “Com empatia, planejamento e boa comunicação, é possível transformar as festas de fim de ano em momentos de felicidade e união para as crianças, que são sempre a prioridade nessa equação”, conclui.