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Sonhar vale a pena

Nesse artigo, o professor Emanoel Ceress comenta sobre como sonhar pode nos levar longe

Emanoel Ceress* Publicado em 22/02/2023, às 06h00

Benazira Djoco recebe Prêmio Nelson Mandela - Foto: Reprodução
Benazira Djoco recebe Prêmio Nelson Mandela - Foto: Reprodução

As crianças sempre têm muitos sonhos e desejos de conquistarem coisas grandes inusitadas, mas o passar dos anos traz a adolescência, a vida adulta e muitos dos anseios se vão para nunca mais serem vistos. Escondem-se onde mora o celebre questionamento: será que vale a pena sonhar? Será que vale continuar “on the road” ou já é hora de parar?

Nos últimos dias tenho falado com pessoas inspiradoras, aquelas que nunca deixaram os seus sonhos adormecerem, que se inspiram em pessoas e inspiram pessoas. Gente que transforma uma preocupação em causa e uma causa em efeito. Efeito daqueles inusitados tal qual os sonhos de criança.

Benazira Djoco é uma das expressões do sonhar que nunca deixou-se adormecer. Nascida em Guiné-Bissau, país tropical na costa atlântica ocidental de África, resolveu vir ao Brasil para desenvolver seus estudos e aqui há mais de uma década tem dedicado a vida ao serviço das causas sociais, sempre com o objetivo de contribuir efetivamente na vida de mulheres em situação de vulnerabilidade. Idealizadora da marca BD de moda sustentável feminina enxergou na área social um espaço de formação profissionalizante inclusiva, de valorização da mão de obra de mulheres invisibilizadas no mercado de trabalho brasileiro.

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Merecidamente, no dia 09 de fevereiro de 2023, o município de São Paulo resolveu agraciá-la com o Prêmio Nelson Mandela que destaca três iniciativas comprometidas com os direitos da população negra e dos demais grupos étnico-raciais, realizadas por associações, fundações, organizações não governamentais, núcleos religiosos ou artísticos, com atuação e sediados no município de São Paulo há mais de um ano.

É assim que a grandeza de um sonhar se concretiza em ações positivas, acende luzes em novos caminhos e dá esperança aos que por eles passarem. Quando a velha frase atribuída a Charles Chaplin “falar sem aspas, amar sem interrogação, sonhar com reticências, viver sem ponto final” ganha sentido nos anseios que possibilitam vivências mais dignas em nossa sociedade e contribui para que mais pessoas sejam elevadas.

*Emanoel Ceress é Emanoel Rodrigues da Silva, intérprete de língua inglesa, professor de inglês no Gran Cursos Online, especialista em Linguística Aplicada e em Psicopedagogia. Professor de inglês e também tem um canal no youtube.