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Como ajudar nossas crianças a prevenir o bullying

Descubra como o bullying afeta a saúde emocional e física de crianças e adolescentes e a importância de agir rapidamente

Redação Publicado em 25/06/2025, às 06h00

É importante estar atento aos sinais do bullying - pexels
É importante estar atento aos sinais do bullying - pexels

O bullying é um problema sério e recorrente no ambiente escolar — e que pode deixar marcas profundas nas crianças e adolescentes, afetando não apenas seu rendimento escolar, mas principalmente sua saúde emocional e física.

Para entender melhor como pais, educadores e profissionais de saúde podem atuar na prevenção e no acolhimento, conversamos com a pediatra Flávia Ribeiro, que reforça: “O bullying não é uma fase ou algo que a criança deve suportar sozinha. É uma forma de violência que precisa ser identificada e interrompida com urgência.”

O que é bullying?

Segundo a médica, o bullying se caracteriza por agressões físicas, verbais ou psicológicas repetitivas, que ocorrem geralmente no ambiente escolar. Pode se manifestar por meio de apelidos pejorativos, exclusão social, intimidação, ameaças ou até mesmo agressões físicas. E com o avanço das redes sociais, muitos casos também acontecem no ambiente digital (o chamado cyberbullying).

“O mais preocupante é que muitas vezes a criança não conta o que está vivendo. Por medo, vergonha ou por achar que ninguém vai acreditar nela”, alerta a Dra. Flávia.

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Como os adultos podem ajudar?

A especialista destaca cinco atitudes essenciais para combater o bullying e proteger as crianças:

1. Escuta ativa:
“Esteja atento às mudanças de comportamento. Crianças que estão sofrendo bullying podem apresentar queda no desempenho escolar, isolamento, alterações no sono e no apetite, ansiedade ou irritabilidade.”

2. Conversa aberta e acolhedora:
“Crie um ambiente seguro para que a criança fale sobre seus sentimentos. Evite julgamentos e não minimize o que ela está relatando.”

3. Trabalho em conjunto com a escola:
Pais e responsáveis devem se aproximar da escola e comunicar qualquer suspeita. “A escola precisa ser parceira no combate ao bullying. Professores, coordenadores e orientadores devem estar preparados para lidar com essas situações.”

4. Estimular a empatia e o respeito:
Em casa, o exemplo conta muito. “Educar para o respeito às diferenças é uma forma de prevenção. Ensinar as crianças a se colocarem no lugar do outro desde cedo faz diferença.”

5. Buscar apoio psicológico quando necessário:
“Alguns casos exigem acompanhamento psicológico para a criança e, às vezes, também para a família. O suporte emocional ajuda a restaurar a autoestima e a segurança.”

O papel da sociedade

A Dra. Flávia também ressalta que o combate ao bullying não é responsabilidade exclusiva das escolas: “Essa é uma questão social. Todos nós - pais, professores, profissionais de saúde e comunidade - precisamos assumir um papel ativo na construção de ambientes seguros para nossas crianças.”