É necessário priorizar a pauta da violência escolar, pois é nosso papel agir para acabar com esse tipo de comportamento
Ana Paula Lilly* Publicado em 07/11/2024, às 12h49
Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto DataSenado sobre violência no ambiente escolar revela que 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência na escola nos últimos 12 meses, o que significa 11% dos quase 60 milhões de alunos matriculados. O levantamento também mostrou que as pessoas, de modo geral, têm mais medo da violência na escola do que nas ruas – 90% e 76%, respectivamente.
Os números refletem uma realidade que preocupanão só a comunidade escolar, mas a sociedade como um todo.A pauta é de fato, de interesse geral. Sempre que presenciamos uma situação de bullying ou de violência, é nosso papel agir para acabar com esse tipo de comportamento, ensinando os alunos a relatarem e buscarem ajuda. Para isso, é essencial que os professores estejam preparados para lidar e para intervir, ficando atentos às interações e aos comportamentos para identificar sinais de problemas,como isolamento ou agressividade.
Essa abordagem faz com que os estudantes se sintam maissegurospara procurar um professor, coordenador, ou até mesmo umpsicólogo, caso a escola ofereça esse suporte. Dessa forma, o educador transforma uma situação difícil em uma oportunidade de aprendizagem para o aluno, incentivando-o a se abrir e lidar com suas emoções.
Em contrapartida, é de extrema importância que os docentes também cuidem da própria saúde mental, pois só assim poderão criar um ambiente seguro e acolhedor para os alunos. É essencial que os educadores estejamprontos para interferir e para oferecer todo apoio necessário aos jovens estudantes que passam por situações de bullying e decyberbullying, lidando inclusive com questões socioemocionais. Todos têm um papel na detenção de comportamentos negativos, por isso também é fundamental ensiná-los a relatar situações e buscar ajuda.
Tratando de como prevenir os casos de violência, é necessário reforçar que a conscientização sobre o bullying e o cyberbullying deve ser feita por meio do diálogo. Os alunos precisam participar de conversas sobre comportamentos inadequados, trazendo exemplos do dia a dia e os orientando prontamente para intervir e compartilhar suas preocupações com professores e profissionais da escola.
*Ana Paula Lilly é orientadora educacional da FourC Bilingual Academy e especialista em educação na FourC Learning.