Estímulos táteis, visuais e olfativos promovem desenvolvimento físico, mental e afetivo a partir dos seis meses de idade
Redação Publicado em 10/11/2022, às 06h00
Academia é lugar de bebê? Graças às aulas de psicomotricidade, sim! O termo, que pode parecer complexo à primeira vista, se refere ao estudo dos aspectos emocionais, cognitivos e motores nas mais diversas fases da vida. Na prática, ele contribui para o desenvolvimento motor para as crianças – e representa uma chance de convívio social para os pais.
As sessões se encaixam na modalidade de ginástica, mas não é preciso ter medo! Elas são seguras e foram especialmente desenhadas para a estimulação psicomotora dos bebês. Para fazer isso, são utilizadas habilidades básicas como subir, descer, rolar, saltar, equilibrar-se e rastejar, além de estímulos táteis, visuais e olfativos.
Elas promovem o desenvolvimento físico, mental e afetivo dos pequenos, trazendo muitos ganhos na aprendizagem e ampliando a experiência individual de cada bebê. “O primeiro brinquedo que temos é o nosso corpo. É por meio dele, dos nossos sentidos, que conhecemos o mundo. A psicomotricidade é uma forma de estimular esses bebês a fazer o melhor aproveitamento dele”, afirma Ludmila Tesci, educadora física e fisioterapeuta da academia Cia Athletica.
Estudos realizados em diversos países sugerem que crianças que praticam atividade física têm melhor desempenho nas atividades escolares. Isso acontece porque os exercícios desenvolvem células cerebrais e favorecem a criação de novas conexões interneurais, mantendo a mente jovem e ativa.
“É por meio das experiências psicomotoras que as crianças se desenvolvem em sua plenitude, expandindo o conhecimento corporal, espacial e temporal. Tudo isso contribui para o seu desempenho em etapas posteriores, como a alfabetização”, diz Ludmila, que é pós-graduada em Psicomotricidade no autismo e em transtornos do desenvolvimento.
De acordo com ela, a prática gera também benefícios para os pequenos com necessidades especiais, como síndrome de Down, transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).
Para além dos ganhos físicos, as aulas de psicomotricidade trazem oportunidades sociais para os alunos e suas famílias. “Muitas vezes, as sessões são a primeira fonte de amigos para esses bebês. E, para os pais, é uma chance de trocar ideias e experiências com quem têm filhos na mesma faixa etária”, diz a educadora física.
Normalmente, as aulas estão disponíveis para crianças a partir dos seis meses e até os três anos de idade. A partir daí, eles podem ter acesso a outras atividades da academia – que também levam em consideração os princípios da psicomotricidade!