Mestre Daniel Muralha ensina jovens ao redor do mundo a importância da capoeira
Redação* Publicado em 13/10/2025, às 06h00

Mestre Daniel Muralha, renomado na capoeira, viaja pelo Brasil em busca de novos talentos infantis e juvenis para competições, destacando a importância da capoeira como Patrimônio Imaterial da Humanidade e ferramenta de inclusão social.
Com mais de 6 milhões de praticantes no Brasil e 8 milhões globalmente, a capoeira oferece benefícios físicos e emocionais, promovendo disciplina, respeito e socialização entre os jovens.
Muralha enfatiza que a capoeira é uma alternativa saudável em um mundo dominado pela tecnologia e sedentarismo, atuando como um fator de proteção social e contribuindo para a formação de uma geração mais forte e consciente de sua identidade.
Mestre Daniel Muralha, campeão nacional e internacional, percorre o Brasil em busca de novos talentos infantis e juvenis para levar a capoeira às competições e ao mundo.
A capoeira, expressão genuína da cultura brasileira e reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Imaterial da Humanidade, tem conquistado cada vez mais espaço entre crianças e adolescentes. Estima-se que mais de 6 milhões de brasileiros pratiquem a arte-luta, que hoje reúne cerca de 8 milhões de capoeiristas em mais de 160 países. Muito além do jogo e da música, a capoeira se revela um poderoso instrumento de educação, inclusão e transformação social.
Um dos principais nomes da atualidade é o Mestre Daniel Muralha, que soma 40 anos de trajetória, títulos nacionais e internacionais, e já levou a capoeira para países como Estados Unidos, Espanha, Portugal, Alemanha, Colômbia, França, Itália e Polônia, entre outros. Atualmente, ele atua como coach de atletas de alto rendimento e percorre o Brasil em busca de novos talentos jovens interessados em participar de competições dentro e fora do país.
Segundo o mestre, a prática da capoeira oferece benefícios únicos: trabalha força, resistência, coordenação e agilidade, ao mesmo tempo em que fortalece o emocional, desenvolvendo confiança, autocontrole e resiliência.
“A roda de capoeira ensina disciplina, respeito e socialização. É um espaço onde os jovens aprendem a esperar seu momento, a valorizar a hierarquia e a construir coletivamente”, afirma Muralha.
Além do impacto físico e educacional, a capoeira reforça a identidade cultural e a autoestima das novas gerações. Cantar, tocar, jogar e competir é também compreender a herança de luta, resistência e liberdade que ela carrega. Para crianças e adolescentes, isso se traduz em pertencimento e orgulho.
Em um cenário em que a tecnologia e o sedentarismo dominam a rotina, a capoeira surge como alternativa saudável, dinâmica e educativa. Mais do que movimento, ela devolve energia, atenção e presença, equilibrando corpo e mente.
Outro ponto de destaque é a função social da capoeira. Ao oferecer acolhimento, disciplina e perspectiva de futuro, a prática atua como um fator de proteção contra a vulnerabilidade social.
“A capoeira mostra que o jovem pode ser visto, respeitado e até reconhecido como campeão mundial. Ela salva vidas porque oferece esperança e propósito”, reforça Muralha.
Neste mês de outubro, dedicado às crianças e adolescentes, a mensagem é clara: incentivar a prática da capoeira é investir em saúde, cultura, cidadania e na formação de uma geração mais forte, confiante e consciente de sua identidade.
*Com edição de Marina Yazbek Dias Peres