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Ocitocina, ou hormônio do amor, pode ajudar a curar corações fisicamente machucados

O cardiologista Dr. Yuri Brasil explica como esse processo de cura de corações é possível

Redação Publicado em 13/11/2022, às 06h00

Cuide do seu coração
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Expressado de diferentes formas, o amor é um sentimento de carinho e demonstração de afeto que se desenvolve entre os seres, mas este aspecto é apenas parte do que é o amor, desencadeado por fatores químicos. Segundo o cardiologista Dr. Yuri Brasil, a ocitocina, ou hormônio do amor, é uma reação tão poderosa que pode até mesmo ajudar no processo de cura dos corações fisicamente machucados.

Um estudo feito por cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, aponta a possibilidade dessa molécula regenerar corações danificados. “É como se o amor pudesse curar corações partidos, mas literalmente, já que o hormônio ajuda a cicatrizar o tecido cardíaco após um ataque do coração, por exemplo”, comenta o cardiologista.

Dr. Yuri explica que os níveis de ocitocina do corpo aumentam consideravelmente quando se abraça ou beija outra pessoa, além de também apresentar índices elevados logo após um orgasmo. “Produzido pelo cérebro, este hormônio ainda está relacionado a construção de variados laços entre mamíferos, como a indução do parto e até mesmo à produção de leite nas mulheres”, explica o cardiologista.

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Parte do estudo foi realizada com peixes da espécie Danio rerio (peixe-zebra), o que possibilitou os pesquisadores de Michigan descobrirem que o hormônio auxilia o coração na substituição de células do músculo cardíaco que estão feridas ou mortas. Trata-se dos principais fatores responsáveis por dar força às contrações cardíacas.

Embora o estudo também tenha sido feito exitosamente com células humanas, a experiência ainda não saiu da fase laboratorial, então, por enquanto, seu efeito ainda não pode ser comprovado em seres humanos. “Porém, não deixa de ser um passo importante na direção de novas e otimistas perspectivas de tratamentos para alguns dos principais problemas que ameaçam a vida de milhões de pessoas”, complementa Dr. Yuri.