Especialista explica as causas do aumento do número de casos de miopia entre crianças e adolescentes e orienta sobre prevenção
Redação* Publicado em 10/11/2025, às 06h00

Os casos de miopia no Brasil devem aumentar em 54% até 2030, com um foco alarmante em crianças e adolescentes, que estão cada vez mais expostos a telas e menos à luz natural.
O oftalmologista Dr. Marcelo Taveira destaca que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos e a falta de atividades ao ar livre são os principais fatores que aceleram o desenvolvimento da miopia, que pode levar a sérios problemas oculares.
Para combater essa tendência, o especialista recomenda limitar o tempo de tela, incentivar atividades externas e realizar avaliações oftalmológicas regulares, enfatizando a importância da conscientização sobre a saúde ocular das crianças.
Os casos de miopia no Brasil devem crescer 54% até 2030, um dado que acende o alerta entre pais, educadores e profissionais de saúde. O aumento é especialmente preocupante entre crianças e adolescentes, que passam cada vez mais tempo diante de telas e têm menor exposição à luz natural.
O oftalmologista Dr. Marcelo Taveira, referência em cirurgia refrativa e cuidado ocular de excelência em Brasília, explica que o olho humano em desenvolvimento não foi projetado para longos períodos de foco próximo, típicos do uso de celulares, tablets e videoaulas.
“Essa combinação de fatores acelera o alongamento do globo ocular, levando ao aumento progressivo do grau de miopia”, explica o especialista.
Segundo Taveira, a alta miopia traz riscos sérios à saúde ocular, como descolamento de retina, glaucoma, catarata precoce e degeneração macular.
“Quanto maior o grau, maior o risco de alterações estruturais dentro do olho. Não se trata apenas de usar óculos, trata-se de preservar a visão e a qualidade de vida”, ressalta.
Embora a hereditariedade ainda tenha papel importante, o estilo de vida moderno é hoje o principal acelerador da condição.
Para frear o avanço da miopia em jovens, o médico recomenda:
Ele alerta ainda para sinais de alerta, como fadiga visual, dor de cabeça ou piora rápida do grau, que exigem avaliação profissional.
“Prevenir é simples, mas exige conscientização. A corrida pela tela é real, e os olhos das crianças estão pagando o preço”, conclui Taveira.
*Com edição de Marina Yazbek Dias Peres