Cirurgias plásticas devem ser realizadas por médicos qualificados e recomendados e em local sempre adequado
Redação Publicado em 03/11/2024, às 06h00
A busca por otimização de resultados estéticos tem atraído pacientes para cirurgias plásticas simultâneas, mas a especialista, Luiza Hassan, cirurgiã plástica, alerta sobre os riscos envolvidos, como embolia pulmonar e complicações pós-operatórias.
Nos últimos anos, a demanda por cirurgias plásticas combinadas tem crescido, impulsionada pela busca de resultados estéticos abrangentes e a promessa de otimização de tempo e custos. A possibilidade de realizar vários procedimentos pode ser prejudicial e esse caminho exige cautela, além de responsabilidade por parte dos pacientes e profissionais de saúde.
A chamada "cirurgia combinada" oferece, à primeira vista, a conveniência de passar por uma recuperação única, encurtando o período de afastamento das atividades e reduzindo os custos com internação e anestesia. No entanto, a cirurgiã plástica Dra. Luiza Hassan alerta que, apesar de parecer uma solução prática, o processo envolve uma análise minuciosa de diversos fatores. “É fundamental que o paciente esteja com a saúde geral em dia, sem condições clínicas que possam comprometer o procedimento.
Isso inclui desde a avaliação do peso até a análise do risco anestésico e da capacidade de recuperação”, afirma a especialista. A cirurgiã Luiza Hassan reforça que, embora a "cirurgia combinada" seja uma prática comum, ela deve ser avaliada com extrema cautela. “Realizar múltiplos procedimentos ao mesmo tempo, pode sobrecarregar o corpo, aumentando significativamente o risco de complicações, como embolia pulmonar e infecções.
Cada paciente precisa ser avaliado individualmente para garantir que o processo seja seguro e bem-sucedido”, ressalta a cirurgiã. Um dos pontos mais delicados no planejamento das cirurgias combinadas é a duração do procedimento. Embora não exista um limite rígido, cirurgias muito longas não são aconselhadas e devem ser evitadas. “Procedimentos que ultrapassam seis horas de duração podem aumentam o risco de complicações graves, como perda sanguínea e problemas com anestesia”, explica Luiza Hassan.
Dessa forma, a seleção dos procedimentos que podem ser combinados não depende apenas das preferências do paciente, mas também de uma avaliação criteriosa do cirurgião, que deve considerar a complexidade e o tempo cirúrgico. Outro ponto crucial é a logística dos procedimentos, que envolve a escolha do tipo de anestesia e a adequação das posições do paciente durante a cirurgia. "É necessário planejar cada etapa para garantir a segurança do paciente. Além disso, o pós-operatório precisa ser pensado com atenção, especialmente quando múltiplas áreas do corpo são operadas", destaca a cirurgiã.
Apesar das promessas, as cirurgias combinadas trazem riscos específicos, como maior trauma físico e imobilização prolongada, que podem gerar complicações como trombose venosa profunda e embolia pulmonar. “Esses riscos tornam a associação de cirurgia algo que deve ser feito com muito critério. Nem todo paciente é um bom candidato para procedimentos simultâneos”, enfatiza Dra. Luiza Hassan.
Além disso, o especialista alerta que, em algumas situações, a combinação de cirurgias estéticas com procedimentos de saúde em órgãos ou cavidades é desaconselhável. “O risco de infecção, hemorragia e trombose é mais elevado, e isso pode dificultar a recuperação e o diagnóstico de possíveis intercorrências. Nesse cenário, a resolução do problema de saúde do paciente é sempre uma prioridade”, acrescenta.
Embora as cirurgias combinadas possam trazer benefícios práticos, a segurança do paciente deve ser sempre o foco. "Cada caso é único. O bem-estar físico e mental do paciente, são determinantes para garantir um resultado seguro e bem-sucedido", conclui Luiza Hassan.