Cirurgia de catarata busca reverter perda de visão dos pacientes

Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que entre os 56,1 milhões de brasileiros com 50 anos ou mais, 14 milhões (25% dessa parcela) têm catarata. Segundo o oftalmologista Dr. Marcelo Espindola, embora a condição dificulte a visão ou até mesmo cause cegueira no paciente, atualmente já existe um procedimento pouco invasivo capaz de reverter a situação.

Antes de tudo, é preciso entender que a catarata é uma doença ocular causada por vários fatores de risco, cujo principal deles é a idade. Nela, o cristalino, uma lente natural e transparente que temos dentro dos olhos desde o nascimento, vai se tornando cada vez mais opaca, gerando sintomas visuais e embaçando mais a visão. “A evolução da doença costuma ser lenta e pode afetar um ou dois olhos, causando visão borrada ou duplicada, maior sensibilidade à claridade e em ambientes com pouca luz”, explica Dr. Marcelo.

A cirurgia, feita de forma rápida, segura, sob anestesia local, irá aspirar o cristalino opaco por uma incisão microscópica, para logo em seguida substituí-lo por uma lente intraocular nova, transparente artificial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo. “Cenário que reforça a importância do diagnóstico e tratamento precoces”.

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Em algumas situações, a colocação de determinadas lentes pode até mesmo possibilitar que os pacientes não precisem mais utilizar óculos após a realização da cirurgia. “Contudo, a escolha da intraocular não é aleatória ou de acordo com o desejo de cada um, mas atrelada aos resultados dos exames pré-operatórios. Por vezes, ainda será necessário o uso de óculos sobre algum grau residual”, explica Dr. Marcelo.

A recomendação do especialista é que todas as pessoas procurem um oftalmologista ao aparecimento de quaisquer sintomas que afetem a visão, além de sempre manterem consultas regulares junto ao médico. “Lembrando que embora a idade seja a causa natural mais associada à catarata, histórico familiar, diabetes, tabagismo, obesidade, pressão alta, exposição solar desprotegida e o uso de determinados medicamentos também podem causar o desenvolvimento da doença”.