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Baixa cobertura vacinal é risco para volta da poliomielite no Brasil

Infectologista alerta para a importância de cumprir com o calendário vacinal

Redação Publicado em 11/06/2023, às 14h00

A vacinação sempre será a melhor maneira de prevenir a infecção
A vacinação sempre será a melhor maneira de prevenir a infecção

A sétima edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI), realizada no mês passado, divulgou um alerta para a possível volta da poliomielite no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em 2022, a cobertura vacinal para a doença ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para impedir a circulação do vírus.

A infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues explica que a doença, erradicada no Brasil desde 1989, apresenta sérios riscos a saúde das crianças e precisa ser constantemente combatida. “Embora alguns pacientes sejam assintomáticos, a poliomielite pode causar manifestações neurológica graves, como paralisia e até mesmo a morte. Os principais sinais para se manter atento são febre, mal-estar, dor de cabeça, vômitos, diarreia, constipação, espasmos e rigidez na nuca”, comenta Dra. Ana Rachel.

A enfermidade afeta principalmente as crianças menores de cinco anos e em suas formas mais severas pode causar ainda: instalação súbita de deficiência motora; assimetria da musculatura dos membros, em especial os inferiores; flacidez muscular; persistência de paralisias residuais (sequelas) após 60 dias do início do quadro.

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Diante desse cenário, a especialista destaca que a vacinação sempre será a melhor maneira de prevenir a infecção, que pode ser transmitida de pessoa para pessoa via fecal/oral ou, menos frequentemente, por água ou alimentos contaminados. O Calendário Nacional de Vacinação estipula três doses injetáveis, que devem ser administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, e mais dois reforços orais, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

“Lembrando que a vacinação, além de uma proteção individual, também fornece proteção coletiva para todos aqueles que, por algum motivo, não podem se vacinar ou não conseguem desenvolver a imunidade necessária para evitar a doença. Todos os imunizantes em circulação no Brasil são seguros, previamente testados e constantemente reavaliados e atualizados”, afirma Dra. Ana Rachel.