Dra. Brianna Nicolletti explica que existem dois tipos de reações diferentes a picadas para as diferentes categorias de insetos
Redação Publicado em 11/02/2023, às 06h00
Adultos e, principalmente, crianças estão suscetíveis a desenvolver alergias decorrentes de picadas de insetos, os casos aumentam em decorrência do calor, chuvas e acúmulo de água parada, tão comuns no verão brasileiro.
De acordo a Dra. Brianna Nicoletti, Alergista e Imunologista pela USP, as reações a picadas podem ser de dois tipos:
A primeira e mais comum é a alergia às picadas de mosquitos (como por exemplo os pernilongos), pulgas, moscas e carrapatos.
O processo alérgico é causado pelo efeito irritativo da saliva do inseto injetada durante a picada e pode provocar uma pequena reação como vermelhidão, inchaço e coceira no local da picada.
O perigo está no fato de que algumas pessoas podem apresentar uma reação de alergia mais grave e extensa.
Em muitos casos, no local, surgem feridas que podem infeccionar. “A reação alérgica que pode acometer outras partes do corpo, além da picada, é conhecida como estrófulo ou prurigo estrófulo. O diagnóstico é clínico e as lesões apresentam um aspecto característico apresentando erupções e até pequenas bolhas. Uma única picada pode originar múltiplas lesões por disseminação sanguínea dos agentes inflamatórios e ainda deixar cicatrizes para toda a vida”, detalha Brianna. Essa alergia deve ser tratada com a vacina específica.
O segundo tipo de alergia relaciona-se às picadas deabelhas, vespas, marimbondos e formigas.
Neste caso não é a saliva que provoca alergia, mas o veneno injetado durante a picada. Todas as pessoas desenvolvem algum grau de reação, porém menos de 5% da população é realmente alérgica. Normalmente, após a picada, o indivíduo sente dor e o local fica vermelho e inchado.
Nos casos mais graves, as pessoas desenvolvem graves reações alérgicas que vão desde uma reação local de maior intensidade em uma grande área do corpo, até graves reações generalizadas e choque anafilático, que pode ser fatal se não tratado imediatamente.
“A melhor prevenção ainda é evitar estas picadas!”, explica a médica. Brianna enumera ações simples que podem evitar grandes problemas: