A pediatra Dra. Amanda de Santana Ferreira destaca a necessidade de cuidar sa saúde das crianças com autismo
Redação Publicado em 18/04/2023, às 06h00
Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Abril Azul, Mês de Conscientização Mundial Sobre o Autismo, tem o objetivo de diminuir a discriminação e ampliar a visibilidade sobre questões do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a entidade, entre 1% e 2% da população mundial está inclusa na condição, sendo que dois milhões de pessoas autistas encontram-se no Brasil.
Diante desse cenário, a pediatra Dra. Amanda de Santana Ferreira destaca que o tratamento pediátrico é imprescindível logo nos primeiros anos de vida. “O diagnóstico e um acompanhamento terapêutico nos primeiros quatro anos de idade são essenciais devido a maior capacidade do cérebro em responder aos estímulos nessa fase, o que garante maior aproveitamento das terapias e um melhor desenvolvimento da criança durante a infância.”
Ainda segundo a especialista, não é correto caracterizar o autismo como uma doença, nem mesmo como uma deficiência, pois como o próprio nome já estabelece, trata-se de um transtorno de desenvolvimento neurológico, marcado pela dificuldade de comunicação ou interação social. Hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos também podem identificar a presença do TEA.
O autismo se apresenta em diversos níveis, desde a forma leve até condições mais preocupantes. Situação que reforça a necessidade de avaliação e diagnóstico detalhados por um profissional da saúde. Embora se trate de um quadro sem cura, com o tratamento adequado, a criança pode evitar atrasos na sua formação e, em alguns casos, até mesmo melhorar de um quadro grave para moderado e de moderado para leve”, explica Dra. Amanda.
Segundo a pediatra, é indispensável que haja ainda um acompanhamento multidisciplinar, não apenas para entregar uma visão global do desenvolvimento da criança, mas também para que os especialistas possam identificar as necessidades individuais. “A fim de planejar intervenções que proporcionem uma futura adolescência e vida adulta com mais qualidade e o máximo possível de autonomia.”
Dessa forma, Dra. Amanda ressalta que o Mês de Conscientização Mundial Sobre o Autismo é um período em que o assunto pode ser amplamente discutido para que as pessoas desfaçam preconceitos e entendam a importância do acompanhamento ainda na infância. “Lembrando que nenhuma pessoa com autismo é igual a outra, portanto, devem sempre ser tratadas e respeitadas de acordo com as suas individualidades.”