Mariana Kotscho
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Incontinência Urinária afeta 40% das gestantes no Brasil

A fisioterapeuta pélvica, Erika Blanco explica que a incontinência urinária não é normal

Redação* Publicado em 20/03/2024, às 06h00

40% das gestantes são afetadas pela incontinência urinária e alegam que isso influencia a qualidade de vida delas
40% das gestantes são afetadas pela incontinência urinária e alegam que isso influencia a qualidade de vida delas

As grávidas costumam ir ao banheiro a toda hora, especialmente no final da gestação. Isso acontece porque o crescimento do útero causa pressão sobre a bexiga e, quando combinado com o efeito relaxante dos hormônios nos músculos do trato urinário, pode dar mesmo mais vontade de fazer xixi. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 40% das gestantes são afetadas pela incontinência urinária e alegam que isso influencia a qualidade de vida delas.

A fisioterapeuta pélvica, Erika Blanco ressalta que é importante deixar bem claro: não é normal perder urina. “Esse aumento das idas ao banheiro na gestação não é a mesma coisa do que ter incontinência urinária. A bexiga está mais pressionada pelo bebê e não comporta mais tantos mililitros de urina, por isso a grávida sente mais vontade de ir ao banheiro. A incontinência, por outro lado, é quando realmente há escape de urina. Mesmo que seja uma gotinha durante o espirro”.

Felizmente, há tratamento, sendo o principal deles o fortalecimento do assoalho pélvico com exercícios e acompanhamento individualizado. “O assoalho é um conjunto de músculos que sustenta os órgãos pélvicos. Durante a gravidez, o útero está crescendo junto com o bebê, tem o líquido amniótico, placenta, saco gestacional, cordão… há um aumento dessa sobrecarga. Além disso, tem a alteração hormonal também que pode acabar predispondo”, explica a especialista.

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Por definição, é a perda involuntária de qualquer quantidade de urina é considerada incontinência urinária. Embora existam diversas causas e possa estar associada a outras doenças, durante a gravidez é causada por uma combinação de fatores: o crescimento do útero que pressiona a bexiga; mudanças hormonais que afetam os músculos do assoalho pélvico; aumento do volume sanguíneo; e movimentação dos órgãos internos conforme o crescimento do bebê.

Vale lembrar que a perda pode acontecer em gotas, jato ou de forma total. Embora seja mais comum no terceiro semestre por causa da barriga maior.

“Algumas mulheres têm logo no começo e, depois de iniciarem a fisioterapia, melhoram e reduzem a perda até o final da gestação”, afirma Erika.