Mariana Kotscho
Busca
» FERTILIDADE

Combate ao Estresse: sintoma pode influenciar na fertilidade

A ginecologista Tatiana Provasi Marchesi orienta sobre fertilidade e a importância de cuidar da saúde mental no processo de gravidez

Redação Publicado em 23/09/2022, às 06h00

O cortisol é conhecido como o hormônio do estresse
O cortisol é conhecido como o hormônio do estresse

Condições de infertilidade, sejam elas passageiras ou permanentes, são fatores que acarretam um processo doloroso e frustrante para quem deseja gerar um bebê. Pensando nisso, o Dia Mundial de Combate ao Estresse, em 23 de setembro, busca orientar sobre a importância em cuidar de aspectos emocionais, especialmente nos períodos da vida em que possa haver mais perturbações que afetem o correto funcionamento do organismo.

Segundo a ginecologista e obstetra Dra. Tatiana Provasi Marchesi, o cortisol, conhecido como hormônio do estresse, geralmente é encontrando em níveis mais altos em casais com problemas para engravidar. “Isto explica por que algumas pessoas com investigação de infertilidade completa, e normal, ainda assim não conseguem gerar filhos.”

A especialista explica que, nos homens, o estresse provocado por situações do cotidiano ou, inclusive, por conta do próprio tratamento para ter filhos, pode gerar uma redução da quantidade de esperma e volume do sêmen. Já as mulheres inférteis são mais vulneráveis ao estresse e, quanto mais estressadas ela se encontrarem, menores são as chances de ovulação, condição que dificulta ainda mais o tratamento de fertilidade.

Veja também

“Lembrando ainda que um excesso de ansiedade, como o provocado por frustradas tentativas de engravidar, também pode resultar em falta de libido, diminuição da frequência de relações e até mesmo disfunção erétil”, comenta Dra. Tatiana.


Como contornar o problema

​Cuidar de aspectos emocionais, portanto, é tão importante quanto o acompanhamento ginecológico na vida dos casais que tentam engravidar, pois o estresse, a longo prazo, gera inúmeras consequências metabólicas e hormonais no corpo humano, alterando e prejudicando os óvulos e espermatozoides.

​O gerenciamento das emoções e o uso de ferramentas de autoconhecimento fazem toda a diferença. Psicoterapia, meditação, acupuntura e a prática regular de exercícios físicos, além de uma alimentação saudável e boas noites de sono são alguns hábitos que promovem um bem-estar físico e emocional. Lembrando que pessoas com estilos de vida pouco saudáveis são mais suscetíveis ao estresse e suas consequências”, diz Dra. Tatiana.

Dessa forma, o acompanhamento psicológico é tão fundamental quanto os tratamentos junto a ginecologistas ou endocrinologistas, já que possíveis abalos mentais podem ser a raiz do problema, além de serem tão prejudiciais quanto desordens hormonais.