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Entenda os prós e contras da cama compartilhada

A prática da cama compartilhada tem ganhado destaque nos debates sobre parentalidade e desenvolvimento infantil

Redação Publicado em 24/07/2025, às 06h00

Especialista destaca a importância de avaliar a cama compartilhada como uma fase e não uma dependência - Canva
Especialista destaca a importância de avaliar a cama compartilhada como uma fase e não uma dependência - Canva

O hábito de dividir a cama ou o quarto com os filhos é uma realidade presente em muitos lares. Conhecida como co-sleeping, ou cama compartilhada, essa prática tem ganhado destaque nos debates sobre parentalidade e desenvolvimento infantil. Para algumas famílias, representa uma solução prática; para outras, levanta dúvidas sobre os seus impactos.

A cama compartilhada pode ocorrer de duas formas: com o bebê dormindo no mesmo quarto dos pais, normalmente num berço ou partilhando o próprio colchão. Segundo a consultora materno infantil Eliana Dias, especialista do sono do bebê, quando realizada com segurança, a prática pode apresentar benefícios – mas exige ponderação.

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Segundo a especialista, o compartilhamento de cama pode facilitar os cuidados noturnos e contribuir para uma rotina mais tranquila. No entanto, Eliana ressalta a importância de avaliar as necessidades da família sem comprometer a autonomia da criança e que cama compartilhada não deve ser feita de forma nenhuma.

“É essencial que os cuidadores considerem o compartilhamento da cama como uma fase e não como uma dependência. O objetivo é promover segurança e afeto, sem que isso limite o desenvolvimento gradual da independência do bebê”, destacou.

Entre os pontos positivos mencionados por pais adeptos da prática, estão a melhoria na qualidade do sono e a sensação de tranquilidade durante a noite. Porém, Dias alerta que esses fatores devem ser constantemente reavaliados: “É importante garantir que a prática não substitua estratégias que incentivem o sono autônomo da criança”.

Para garantir um ambiente seguro, Eliana Dias orienta: “Optar por colchões firmes, evitar objetos soltos na cama e assegurar que o bebê não fique preso entre superfícies são medidas fundamentais”.

A consultora materno infantil conclui reforçando que a decisão deve ser tomada conforme a realidade de cada núcleo familiar. “O mais importante é que os pais se sintam confiantes nas suas escolhas, respeitando o ritmo do bebê e promovendo, sempre que possível, a transição para um sono independente”, finalizou.

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