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Redação da Fuvest: especialista reúne oito dicas para os candidatos

Thiago Braga ressalta a importância de uma preparação assertiva e da prática constante da produção textual por parte dos candidatos

Redação Publicado em 06/06/2025, às 06h00

Saiba como se preparar para a fuvest
Saiba como se preparar para a fuvest

Neste ano, a concorrida prova da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), principal porta de entrada para os cursos de graduação da Universidade de São Paulo (USP), anunciou algumas mudanças significativas. As alteraçõesvalem para os candidatos que irão ingressar no ensino superior em 2026 e estãoalinhadas com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Um dos principais ajustesinformados diz respeito à prova de redação, aplicada na segunda fase. O novo modeloirá explorar as habilidades elencadas em Linguagens e suas Tecnologias. Assim, o candidato poderá elaborar uma redaçãode mais de um gênero textual, como cartas, manifestos, roteiros, entre outros.

O novo formato, segundo o autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH, Thiago Braga,é maisparecido com o aplicado pelaUniversidade Estadual de Campinas (Unicamp),se afastando do modelo de redação solicitado peloExame Nacional do Ensino Médio (Enem).A Fuvest se diferencia dos outros vestibulares nãopor solicitar propostas de intervenção, mas por exigir profundidade, originalidade e capacidade de articular diferentes áreas do conhecimento em torno de temas amplos e de relevância social”, comenta.

Com intuito de auxiliar o estudante a se preparar para a redação da Fuvest de forma qualificada diante das mudanças,Braga reúne8dicas para os candidatos. Confira:

1 - Conheça a prova

“Diferentemente de outros vestibulares, a Fuvest avalia o desenvolvimento do tema com peso quatro, coerência dos argumentos com peso três e correção gramatical com peso três. Isso exige uma escrita madura, lógica e consistente”, explica Braga. Além disso, o vestibular solicita que o candidato crie um título, o que demanda domínio da proposta.

2- Treine a produção textual com frequência

É crucial que o candidato não deixe para se preparar para o vestibular na véspera da prova. O ideal é incluir leitura diária de jornais e revistas, prática semanal de redações e análise de textos exemplares desde o início do ano letivo. “No primeiro semestre, o foco deve ser estrutura e repertório. No segundo, aprimoramento da argumentação e simulados intensivos”, afirma.

3- Crie um planejamento efetivo
Uma das técnicas que vêm apresentando melhores resultados é o “planejamento rápido”, de acordo com o autor. Esse cronograma dever serdividido em quatro etapas realizadas em até 10 minutos: análise do tema, brainstorming, seleção de argumentos e esboço estrutural. “Esse tempo inicial é crucial para a clareza e coesão do texto final”, destaca.

Além dessa técnica, Braga ressalta a importância da confiança e da voz autoral “Exercícios de escrita livre, técnicas de respiração e o uso de repertório pessoal ajudam o estudante a escrever com mais segurança e autenticidade”, aponta.

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4- Abordetemasem alta

O estudante deve considerar a abordagem de assuntos em destaque na imprensa, bem como que envolvam mudanças climáticas, diversidade e inclusão, saúde mental, no treino deprodução textual.Para desenvolver o pensamento crítico, Braga sugere oficinas práticas com análise de casos reais, simulações de problemas e estudos comparativos entre o Brasil e o contexto internacional. “Essas temáticas, além de recorrentes, despertam reflexão e exigem que o aluno questione causas, consequências e soluções”, afirma.

5- Tenha um bom um repertório e organize as informações de maneira estruturada

De acordo com Braga, a técnica do "mapa conceitual"- ferramenta visual para organizar e representar informações de forma hierárquica, mostrando a relação entre conceitos e ideias - pode ser usada para conectar temas atuais a obras literárias, filmes e conhecimentos de áreas como sociologia e psicologia. Ele recomenda o uso de repertórios no texto em camadas — dados locais, nacionais e globais — e a prática de analogias e paralelos históricos.

“A chave para transformar uma exposição de informações em argumentação é a cadeia causal, ou seja, causas geram efeitos, que podem virar novas causas. Isso dá solidez ao texto”, explica. Ele também destaca o uso equilibrado dos raciocínios indutivo e dedutivo, que garantem profundidade e lógica ao texto.

6- Faça simulados e participe deoficinas de estudo

Simulados de vestibulares aplicados em anos anterioressão essenciais para um estudo eficaz. “Planejamento, coesão e domínio do tempo são treináveis. A prática regular reduz a ansiedade e automatiza o processo de escrita”, comenta.

Mas, neste sentido, é crucial queo estudante acompanhe toda a correção, pois será por meio dela que ele irá compreender onde está cometendo possíveis erros. Braga reforça que a correção vai além da nota, pois ela precisa oferecer feedback construtivo, destacar pontos positivos e orientar a reescrita de trechos problemáticos, sempre respeitando o estilo pessoal do estudante.

7- Fique atento aos principais erros

Para, de fato, aprender éfundamental que o estudante fique atento aos principais erros cometidos na redação, como fuga do tema, parágrafos desconexos, excesso de exposição e problemas gramaticais. Para evitá-los, recomenda-se o uso de checklists personalizadas, leitura em voz alta e um banco de expressões alternativas.

8- Veja a prova como um meio para a conquista do objetivo

Segundo o especialista, é importante que o candidato compreenda e lembre-se de que a redação da Fuvest é uma oportunidade, não um obstáculo. Com planejamento, repertório e treino, é possível escrever com clareza, confiança e profundidade. No dia da prova, respirem fundo, leiam o tema com atenção e confiem no caminho percorrido até aqui”, finaliza.

Sobre o Sistema de Ensino pH(www.sistemadeensinoph.com.br)

Há mais de 10 anos no mercado, o Sistema de Ensino pH é reconhecido pelo elevado número de aprovações nos vestibulares das universidades mais concorridas do país e pelos excelentes resultados no ENEM. Atualmente, é o sistema de ensino que mais cresce no Brasil. Atua da Educação Infantil ao Pré-vestibular e conta com 391 escolas parceiras e mais de 100 mil estudantes, oferecendo também orientação nas áreas de planejamento, ferramentas tecnológicas, projetos inovadores, integração de recursos e formação contínua dos profissionais de educação. O Sistema de Ensino pH integra o portfólio de empresas da SOMOS Educação na última década.