Mariana Kotscho
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O impacto da abordagem steam na mudança da reforma do ensino médio

A reforma do ensino médio traz novidades e precisamos estar por dentro delas

Redação* Publicado em 05/04/2024, às 06h00

A Liga STEAM tem a missão de conectar parceiros e somar forças para o investimento em educação no Brasil
A Liga STEAM tem a missão de conectar parceiros e somar forças para o investimento em educação no Brasil

A aprovação de mudanças na reforma do ensino médio de 2017 (Lei 13.415/17) realizada na quarta-feira (20/4) pela Câmara dos Deputados já está repercutindo entre pais e educadores. O Projeto de Lei 5230/23 com a revisão de alguns pontos ainda precisa passar pelo Senado. Entre as alterações está a determinação de que as escolas montem suas propostas pedagógicas considerando elementos como promoção de metodologias investigativas no processo de ensino, aprendizagem e conexão dos processos de ensino e aprendizagem com a vida comunitária e social. Os sistemas de ensino deverão garantir que as escolas de ensino médio ofertem o aprofundamento integral em todas as áreas de conhecimento.

Outra alteração é a carga horária para a formação geral básica de 1.800 para 2.400 horas. O projeto prevê cinco áreas em que os estudantes poderão se aprofundar no ensino médio: linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas ou cursos profissionalizantes. As 4 primeiras terão 2.400 horas de currículo comum e o último 1.800 horas. As escolas serão obrigadas a oferecer pelo menos duas dessas áreas.

A valorização da matemática (carreira que tem crescido a cada ano, com alto índice de empregabilidade no Brasil) e das ciências faz parte da Liga STEAM – uma estratégia para a educação brasileira proposta em 2022 pela Fundação ArcelorMittal e que tem tido resultados impressionantes, chegando a todos os estados brasileiros em 2023 por meio da oferta de formações para Educadores na abordagem STEAM e outras ações estratégicas.

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A abordagem STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) ajuda crianças e jovens na resolução de problemas concretos, dentro e fora das salas de aula, integrando as diferentes áreas de conhecimento de uma maneira prática, intencional e atrativa. Na Liga STEAM, são formados educadores de escolas públicas regulares – da educação infantil ao ensino médio – alinhando-se a uma concepção de educação inovadora, que possibilita ampliar o olhar dos professores e de seus estudantes para a integração das áreas ao longo da construção e da aplicação dos conhecimentos, potencializando a análise crítica de questões sociais e comunitária.

A Liga STEAM tem a missão de conectar parceiros e somar forças para o investimento em educação no Brasil – que sofre com um déficit na qualidade do ensino, na garantia da permanência do estudante na escola e na formação de professores. Atualmente, fazem parte da iniciativa junto à Fundação ArcelorMittal, a Fundação Banco do Brasil, a Tríade Educacional e a AVSI Brasil. “Com a Liga STEAM queremos contribuir para a superação dos enormes desafios da educação brasileira e o desenvolvimento futuro do país”, explica Tatiana Nolasco, presidente da Fundação ArcelorMittal.

Os projetos realizados pela Liga STEAM buscam contribuir para a melhoria do ensino e aprendizado, por meio de ações que formem educadores e possibilitem a eles o contato com novos conteúdos e metodologias, contribuindo para processos de ensino e aprendizagem mais significativos e conectados às múltiplas realidades e aos contextos dos estudantes e de seu entorno. Os projetos estão alinhados às competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica).

Conheça a história de Pauliana Moreira Alves – Participante da Comunidade de Educadores e do Prêmio Nacional Liga STEAM, em Sabará (MG).

“Sempre amei matemática. Quando adolescente, meu professor incentivou que eu me especializasse, mas minha família não tinha condição de me sustentar em outra cidade. Casei jovem, mas fiz antes a faculdade. Vim trabalhar em Sabará (MG). Foi quando tive contato com os projetos da Fundação ArcelorMittal. Trabalhei com vários, mas um foi divisor de águas. Eu era professora de Matemática e vi ali uma oportunidade de me aproximar dos alunos. O desafio era construir um robô com sucata. Eu abracei o projeto junto com os meninos e nós vencemos. Participamos ainda da Olimpíada Brasileira de Robótica e do Prêmio Liga STEAM, da Fundação ArcelorMittal. São formas de abrir horizontes e criar oportunidades, porque isso não é uma realidade de muitas escolas públicas. Hoje estou com quase 50 alunos no projeto de robótica”.