Mês Mundial do Alzheimer: a importância do diagnóstico precoce da doença

A geriatra especialista em cuidados paliativos Dra. Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex explica os principais sintomas e formas de tratamento do Alzheimer

Redação Publicado em 09/09/2022, às 06h00

O Alzheimer não tem cura, mas o diagnóstico precoce possibilita tratamentos que retardam os sintomas -

Em 2022, comemora-se o 12º ano em que setembro é tido como o Mês Mundial do Alzheimer, data estabelecida pela Alzheimer Disease International (ADI) para conscientizar a população e desafiar os estigmas e a desinformação que ainda envolvem a demência. De acordo com a geriatra especialista em cuidados paliativos Dra. Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex, embora ainda se trate de um acometimento sem cura, o diagnóstico precoce possibilita a adoção de tratamentos que adiem o aparecimento dos sintomas mais graves.

Estudos ainda comprovam que os processos neurodegenerativos podem se iniciar até duas décadas antes das primeiras manifestações clínicas, portanto, em um diagnóstico precoce, o paciente terá autonomia para as decisões sobre o próprio futuro.

As primeiras alterações consistem em perda de memória recente, dificuldade para encontrar palavras, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade para tomar decisões, perda de iniciativa e de motivação, além de sinais de depressão e agressividade”, diz Arbex.

 

Dessa forma, as medicações e acompanhamentos médicos adotados têm o objetivo de aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que o paciente enfrente uma progressão mais lenta da doença, conseguindo manter sua independência nas atividades diárias por mais tempo. “Conforme o Mal de Alzheimer evolui, novos profissionais especializados também podem ser indicados para minimizar problemas e orientar a família”, explica Dra. Maria Carolyna.

 

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Além do geriatra, é possível que o idoso precise de acompanhamento com neurologistas, psiquiatras ou clínicos gerais, além de uma atuação conjunta com psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores físicos, assistentes sociais e até mesmo dentistas.
Diante desse cenário, é crucial que todas as pessoas adotem um estilo de vida saudável a fim de reduzir os riscos do Alzheimer.

Entre as principais práticas estão: realizar atividades físicas regulares; ter boas noites de sono; manter uma alimentação balanceada; controlar fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão e diabetes; evitar o abuso de álcool; não fumar; e a realização de exames de rotina, a fim de entender como anda o funcionamento do corpo.

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