Dia Mundial do AVC: entenda a importância da cirurgia de desobstrução das artérias carótidas

Celebrado anualmente em 29 de outubro, o Dia Mundial do AVC tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos e formas de prevenção dessa emergência médica. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o AVC é a segunda principal causa de morte no mundo, além do principal motivo para incapacidade nos adultos. Segundo o cirurgião vascular Dr. Eduardo Dall’Acqua, a cirurgia de desobstrução das artérias carótidas é fundamental para diminuir as chances do acidente, especialmente em pessoas que já passaram pelo problema.

“Realizado em centro cirúrgico, esse procedimento, também chamado de endarterectomia de carótida, consiste na remoção da placa de gordura presente na artéria. A intervenção pode ser recomendada para pacientes que já tiveram acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório, isso é, sintomas neurológicos temporários. Todo o processo é feito sob anestesia geral ou local e leva cerca de duas horas, com o paciente recebendo alta hospitalar após dois dias”, diz Dr. Eduardo.

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O cirurgião explica que a endarterectomia pode ainda ser realizada em pacientes com estreitamento ou obstrução severos da artéria, mesmo nos casos em que nunca tenha havido quaisquer sintomas relacionados ao AVC. “Daí a importância em realizar consultas regulares com um cirurgião vascular, a fim de entender como anda o funcionamento do organismo. O procedimento será decidido pelo paciente junto ao seu médico, após a realização dos exames necessários”.

Outro tratamento que visa à desobstrução dos vasos que irrigam o coração é a angioplastia, feito por meio de uma punção na pele, com o uso de cateteres e próteses endovasculares, que realizam a desobstrução das artérias carótidas. Esse procedimento insere ainda uma pequena malha de metal, também conhecida como 'stent', no interior do vaso sanguíneo, a fim de manter a artéria aberta e com fluxo adequado.

Diante desse cenário, Dr. Eduardo aproveita a data para alertar que todas as pessoas evitem os comportamentos e fatores de risco. “É imprescindível que haja um adequado controle de hipertensão, diabetes e dos níveis de estresse, além da prática regular de atividades físicas e boas noites de sono. Não fumar e evitar o consumo exagerado de álcool também são medidas fundamentais. Lembrando que pacientes com histórico familiar de doenças cardiovasculares devem prestar mais atenção aos sintomas e realizar avaliações médicas com mais frequência”.