Mariana Kotscho
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Adolescentes brasileiros sofrem com depressão e ansiedade; especialista explica distúrbios emocionais

Especialista explica como cuidar da saúde mental dos adolescentes brasileiros

Redação* Publicado em 22/05/2024, às 06h00

Reconhecendo sinais e oferecendo apoio à saúde mental dos jovens brasileiros
Reconhecendo sinais e oferecendo apoio à saúde mental dos jovens brasileiros

Os jovens brasileiros com idades entre 16 e 24 anos estão entre os mais afetados por problemas de saúde mental, resultando em consequências como baixa autoestima, isolamento social e até conflitos familiares.

Os distúrbios emocionais, como a depressão e a ansiedade, são bastante comuns entre os adolescentes. Os transtornos de ansiedade são os mais prevalentes nessa faixa etária, sendo mais frequentes entre os adolescentes mais velhos.

Segundo a psicóloga, Patrícia Binhardi, por isso, é fundamental que pais, familiares e as instituições da sociedade estejam preparados para atender e compreender as demandas de um público diverso, plural e que carrega questões muito particulares.

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“As alterações hormonais e corporais que vêm junto com a puberdade, que o período da adolescência deixa a saúde mental intenso em um patamar de maior instabilidade, especialmente se há ausência de apoio familiar ou em outros ambientes, como na escola”, explica a especialista.

Patrícia alerta para alguns sinais que os pais precisam manter a atenção:

  1. Medo, ansiedade e preocupação excessivos;
  2. Mudanças de humor além do habitual;
  3. Demonstração de irritabilidade ou raiva sem motivo aparente, ou muito intenso;
  4. Isolamento dos amigos e das atividades sociais;
  5. Falta de interesse por atividades típicas dessa fase;
  6. Mudanças no desempenho escolar;
  7. Comportamento hiperativo e/ou impulsivo acima do esperado para a idade;
  8. Alterações do sono;
  9. Pesadelos frequentes;
  10. Desobediência constante;
  11. Agressão física ou verbal muito acentuada.

“Mesmo que os adolescentes se distanciem dos adultos e possam até rejeitar alguns eventos sociais em família, a regra não serve para os pais ou familiares. É preciso que eles estejam presentes e ativos no desenvolvimento dos filhos, mas isso não deve surgir como uma insistência incômoda. É preciso tentar entender o que está acontecendo e estar do lado do adolescente. Um canal de diálogo precisa estar aberto para que ele mostre que não está se sentindo bem e se necessários os pais podem e devem procurar ajuda”, finaliza a psicóloga