Mariana Kotscho
Busca
» SAÚDE

Vacinar é essencial para proteger crianças e quem as protege, como avós e cuidadores

Com alta circulação do vírus influenza, principalmente nas capitais, a vacinar é essencial e comprovadamente a forma mais eficaz de prevenção

Redação Publicado em 23/07/2025, às 06h00

A pediatra Dra. Letícia Correa explica como a vacina é essencial para proteger toda a família contra a gripe - Canva
A pediatra Dra. Letícia Correa explica como a vacina é essencial para proteger toda a família contra a gripe - Canva

Além das crianças, a gripe causada pelo vírus influenza pode trazer complicações graves para idosos, que em muitas famílias, são parte essencial da rede de apoio, como avós e cuidadores. "O vírus da influenza circula mais no inverno, quando pessoas ficam aglomeradas em locais fechados, e isso aumenta os riscos, sendo a vacina comprovadamente eficaz na imunização", diz a pediatra Dra. Letícia Correa. Para ela, "a prevenção é importante para evitar que as UTIs fiquem lotadas, e que muitas famílias se desorganizem completamente quando um adulto, que dá suporte às crianças, adoece".

​Segundo a médica, o impacto da desinformação tem levado pessoas equivocadamente a evitarem as vacinas: "Há casos de evolução de gripes em idosos para estágios complicados, até fatais. Os avós muitas vezes são a base da rede de apoio das famílias. Quando adoecem, toda a dinâmica familiar é impactada, seja no cuidado com as crianças, seja na sobrecarga dos pais, que precisam reorganizar tudo diante de uma internação, de uma complicação ou, infelizmente, de uma perda”.

​"A influenza é uma infecção respiratória com potencial de gerar complicações graves. Após dias de febre, crianças ficam com a imunidade mais baixa, o que pode facilitar outros contágios e infecções, exigindo, em muitos casos, tratamento com antibióticos e até internação", diz a médica.

​Para ela, "vacinar é proteger a família inteira e, por consequência, manter as crianças com saúde, segurança e rotina preservadas".

Veja também 

Desinformação e baixa imunização estão relacionadas

​"Desde a pandemia, aumentou muito a desinformação sobre vacinas", diz a Dra Letícia, que faz um alerta: "Discursos que misturam pseudociência, misticismos,movimentos antivacina, entre outros, trazem mais insegurança à população. É mito que a vacina pode causar gripe, pois é produzida com vírus inativado, morto, incapaz de causar a doença. O que ocorre, muitas vezes, é uma coincidência de fatores, onde a contaminação por outros vírus respiratórios se manifesta no mesmo período da vacinação."

Segundo ela, o Brasil tem um dos sistemas de imunização mais bem estruturados do mundo: "As vacinas passam por rigorosos controles de qualidade e segurança, e toda aplicação é registrada no Ministério da Saúde, com dados do lote e CPF do vacinado. Reações adversas graves são extremamente raras e, quando ocorrem, são notificadas e investigadas. Na grande maioria dos casos, os efeitos são leves e passageiros, como dor no local da aplicação ou breve mal-estar. O risco real está na doença, não na vacina. E a prova está nos hospitais, onde vemos casos graves de infecções respiratórias que poderiam ser evitadas”, alerta a especialista.

“A desinformação afeta famílias inteiras, que se assustam com relatos isolados quando deveriam buscar a segurança das evidências científicas", conclui.

Para a Dra. Letícia Correa, vacinar é proteger toda a família
Para a Dra. Letícia, vacinar é proteger toda a família

Quer incentivar este jornalismo sério e independente? Você pode patrocinar uma coluna ou o site como um todo. Escreva para contato@marianakotscho.com.br