A neurocirurgiã Dra Adriana Libório explica como neuroestimulação medular pode ajudar na dor crônica na região lombar
Redação* Publicado em 11/06/2024, às 06h00
Segundo a OMS a dor lombar foi considerada a principal causa de incapacidade do planeta, em outras palavras, trata-se de algo que afeta a vida de muitos e limita a capacidade de realizar atividades rotineiras de trabalho e lazer. Em 2020, aproximadamente 1 a cada 13 pessoas (ou 619 milhões de indivíduos) tiveram pelo menos um episódio desse problema. Isso representa um aumento de 60% em relação a 1990. E esses números devem continuar em ascensão pelas próximas décadas: a OMS calcula que a condição afetará 843 milhões em 2050.
A neurocirurgiã Adriana Libório explica que a dor crônica na coluna pode ser debilitante, impactando significativamente a qualidade de vida. “A dor crônica na coluna é muitas vezes resultado de condições como hérnias de disco, estenose do canal vertebral ou lesões que afetam os nervos. Essa dor persistente pode limitar a mobilidade e prejudicar a rotina diária”.
Mas, existem tratamentos para essas dores, a médica esclarece que a neuroestimulação medular é uma técnica avançada que visa modular a percepção da dor, proporcionando alívio aos pacientes que não encontraram sucesso em tratamentos convencionais. “Nesse procedimento, eletrodos são implantados próximo à medula espinhal, emitindo impulsos elétricos para interromper ou modificar os sinais de dor transmitidos ao cérebro”.
Para realizar o procedimento, a médica realiza uma avaliação detalhada para determinar se a neuroestimulação medular é a opção mais apropriada. Isso inclui considerar a natureza da dor, o histórico médico do paciente e a resposta a tratamentos prévios.
“Cada procedimento de neuroestimulação medular é personalizado para atender às necessidades específicas do paciente. A colocação precisa dos eletrodos é guiada por testes para garantir a eficácia máxima na redução da dor”, ressalta a especialista.
Os benefícios da neuroestimulação medular muitas vezes incluem uma redução significativa na intensidade da dor, melhora na função física e, em alguns casos, a possibilidade de reduzir a dependência de medicamentos para dor.
“Após o procedimento, realizamos ajustes nos parâmetros de programação da estimulação, são feitos conforme necessário, assegurando resultados sustentáveis e maximizando o conforto e alívio da dor do paciente a longo prazo”, explica.
Adriana finaliza explicando que a neuroestimulação medular representa uma inovadora técnica no tratamento da dor crônica na coluna, oferecendo esperança e alívio para aqueles que vivem com esse desafio diário.