Especialista explica o tratamento para psoríase, uma doença crônica da pele
Redação Publicado em 09/03/2024, às 06h00
A psoríase é uma doença crônica da pele, não contagiosa, caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. Sua causa é ainda desconhecida e embora exista uma predisposição familiar, não é necessariamente transmitida aos descendentes. Atinge homens e mulheres, em qualquer idade, podendo ocorrer desde formas localizadas e discretas, até formas muito severas acometendo grande área da superfície corporal.
Segundo a dermatologista Laís Dias, a psoríase está sujeita a melhora dos sintomas e a recaídas, relacionadas a diversos fatores: traumas (físico, químico, queimadura solar), infecções, estresse emocional, etc. Os locais mais atingidos são o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco, com lesões em ambos os lados do corpo.
“Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias que promovem dilatação dos vasos sanguíneos e dirigem outras células do sistema de defesa para pele, como neutrófilos. Este processo de ataque inflamatório à pele faz com que esta responda acelerando sua proliferação, o que resulta na descamação observada nas lesões. É importante alertar que a doença não é contagiosa”, explica a médica.
Sintomas:
Laís explica que cada paciente apresenta a doença de uma forma, mas podem incluir:
Em casos de psoríase leve pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas nos casos mais graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes.
Tratamento:
Cada tipo e gravidade de psoríase podem responder melhor a um tipo diferente de tratamento. “O que funciona bem para uma pessoa não necessariamente funcionará para outra. Dessa forma, o tratamento da psoríase é individualizado”, ressalta a dermatologista.
Hoje, com as diversas opções terapêuticas disponíveis, já é possível viver com uma pele sem ou quase sem lesões, independentemente da gravidade da psoríase.
“O tratamento é essencial para manter uma boa qualidade de vida. Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e exposição solar orientada por dermatologista podem ser suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas”.
Tipos de tratamento mais comuns:
A dermatologista ainda ressalta que a psoríase pode ter um grande impacto na qualidade de vida e na autoestima do paciente, o que pode piorar o quadro. Assim, o acompanhamento psicológico é indicado em alguns casos. “Outros fatores que impulsionam a melhora e até o desaparecimento dos sintomas são uma alimentação balanceada, o controle do peso e a prática de atividade física. O paciente nunca deve interromper o tratamento prescrito sem autorização do médico. Esta atitude pode piorar a psoríase e agravar a situação”