Especialistas em otorrinolaringologia explicam as doenças e dão dicas do que fazer para evitá-las ou controlá-las
Redação Publicado em 21/05/2023, às 06h00
Você já teve aquela dor de ouvido que não sabe da onde vem ou o que fazer quando ela aparece? Pois saiba que a otite, também conhecida como infecção do ouvido, possui dois tipos: a externa e a média.
De acordo com a otorrinolaringologista do Grupo São Cristóvão Saúde, Dra. Sheila Segura, a otite externa é uma infecção da porção da orelha, podendo acometer a porção externa do tímpano, conduto e o pavilhão. Ela pode ter relação com a entrada de líquido, através de mergulhos em piscina, mar e também devido a umidade. Esses fatores removem a proteção da pele, além da associação do uso de cotonetes, favorecendo a passagem de bactérias. “O ideal nesses casos é nunca pingar nada no ouvido, apenas proteger a região até o médico ser consultado. Se, ao apertarmos o ouvido do paciente ele sentir bastante dor, as chances de ser uma otite externa é grande”, comenta a especialista.
O outro tipo, denominada otite média, é mais interna, que acontece atrás do tímpano e relacionada às vias aéreas superiores, aparecendo durante ou após gripes, resfriados e sinusites, além de acometer mais crianças - por consequência da anatomia do sistema auditivo - e podendo evoluir para sequelas irreparáveis. Por isso, é fundamental a avaliação de um especialista o mais breve possível.
Diferentemente da otite, que acontece mais em períodos quentes, a rinite pode ocorrer em qualquer época do ano. Pessoas geralmente se queixam mais das crises de rinite ao utilizar, com maior frequência, o ar-condicionado, permitindo o contato com ácaros e poeiras do dia a dia. Para quem possui rinite, Dra. Sheila aconselha a realização da lavagem nasal com soro e bastante volume, por meio de seringas maiores ou garrafinhas vendidas, exclusivamente, para a execução do procedimento. “A lavagem auxilia bastante na retirada da secreção contida no interior do nariz, mantendo um bom funcionamento da mucosa nasal”, comenta.
E, ao contrário do que muitas pessoas imaginam, em dias com temperaturas elevadas, a utilização do ar-condicionado é mais recomendada do que o ventilador. “O ar condicionado remove a água do ambiente, deixando o local mais seco. Como na maioria dos casos, a limpeza do equipamento não é feita de maneira correta e frequente e, ao ligar, a poeira mantida dentro do ar condicionado sai, prejudicando a respiração de quem encontra-se no local”, esclarece Dra. Sheila.
Quando o ventilador não possui uma limpeza adequada, acaba por também reter poeira, tanto no motor, como na grade externa. Além disso, o ventilador faz com que a poeira que está no chão, no ambiente e nos móveis, também circule. Assim, o paciente acaba tendo muito mais contato com a poeira e prejudicando, ainda mais, as vias aéreas. Por isso, a otorrinolaringologista do São Cristóvão Saúde alerta: “mantenham sempre o ambiente arejado, limpo e, sempre que possível, façam a lavagem nasal. São medidas simples, mas que ajudam muito a manter a saúde e fornecem uma melhor qualidade de vida”, finaliza a especialista.