Camilli Brito detalha sua jornada pré e pós-operatória, trazendo visibilidade à condição e encorajando outras mulheres que sofrem de lipedema
Redação Publicado em 15/04/2025, às 06h00
A influenciadora digital Camilli Brito, do perfil @camilliviaja, emocionou seus mais de 60 mil seguidores ao compartilhar sua experiência com o diagnóstico e a cirurgia de lipedema — uma condição crônica e progressiva caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura, especialmente nas pernas e braços, que afeta milhares de mulheres e ainda é pouco conhecida.
Camilli viralizou ao dividir, com sensibilidade e coragem, detalhes sobre sua trajetória, o impacto da doença na autoestima e o alívio de finalmente encontrar um diagnóstico.
“Durante anos, ouvi que era ‘preguiçosa’, ‘desleixada’ ou que eu ‘não me esforçava o suficiente’. Me cobrava demais, tentava dietas, exercícios, e nada mudava. Era frustrante. As pessoas não imaginam o quanto esses comentários machucam quando a gente está dando o melhor de si”, desabafou.
O diagnóstico de lipedema foi um divisor de águas em sua vida. “Foi um misto de alívio e revolta. Alívio por saber que não era culpa minha. Revolta por ter passado tanto tempo sofrendo sem entender o porquê.”
Em uma postagem que teve grande repercussão, Camilli celebrou o sucesso da cirurgia:
“FIZ A CIRURGIA DE LIPEDEMA!! Esse é um post muito especial, pois estou compartilhando com vocês a realização de um grande sonho. Essa doença (sim, a lipedema é uma doença) vem impactando minha vida de diversas formas, e poder dividir essa conquista com vocês é indescritível.”
Camilli também produziu um vídeo especial para seu canal no YouTube, mostrando os bastidores do procedimento e os primeiros dias do pós-operatório.
O lipedema é muitas vezes confundido com obesidade e, por isso, negligenciado até mesmo por profissionais de saúde. Seus sintomas incluem dor crônica, inchaço, hematomas frequentes e dificuldade de mobilidade.
Ao compartilhar sua jornada, Camilli não apenas rompeu o silêncio em torno do lipedema, mas também ofereceu acolhimento e representatividade a outras mulheres que sofrem com os mesmos sintomas.
“Hoje entendo que meu corpo estava tentando me avisar o tempo todo. E quero que outras mulheres saibam que não estão sozinhas. Falar sobre isso é um ato de autocuidado e também de amor coletivo”, finalizou.