As grandes mudanças na temperatura ao longo do dia causam, no outono, uma onda de gripes e resfriados
Redação* Publicado em 15/03/2024, às 06h00
Com outono chegando, aparecem as grandes mudanças na temperatura ao longo do dia causam, nesse período do ano, uma onda de gripes e resfriados. É muito comum pessoas recorrendo a medicamentos de venda livre para aliviar os sintomas. No entanto, essa prática pode ser especialmente perigosa para os idosos. A automedicação com antigripais sem prescrição médica pode acarretar sérios riscos à saúde dos idosos, principalmente para aqueles que já apresentam algum comprometimento na memória.
Segundo a médica da família, Marina Manfrim, a presença de anti-histamínicos, que são conhecidos como antialérgicos, de primeira geração em sua formulação provoca um efeito anticolinérgico e que pode causar uma série de problemas para esse grupo etário.
Entre os efeitos colaterais estão a piora da memória, constipação intestinal, confusão mental, boca seca, entre outros. "Precisamos entender que os idosos possuem um organismo mais sensível e podem reagir de forma diferente aos medicamentos em comparação aos adultos jovens", afirma a médica.
Ela ainda explica que o metabolismo do corpo, de uma forma geral, tende a diminuir. A especialista conta que a função renal e hepática também pode ser reduzida em idosos, por isso é importante muita atenção.
Esses órgãos são responsáveis por metabolizar e eliminar substâncias do corpo, incluindo os medicamentos. Se essa função estiver comprometida, tanto a metabolização, que pode ser a responsável pela transformação da medicação na sua forma ativa, quanto a sua eliminação podem ser prejudicadas. Assim, a medicação passa a não agir ou a acumular no organismo tornando-a potencialmente tóxica.
Marina ressalta que muitos pacientes nessa faixa etária têm múltiplas condições médicas e, ao tomarem mais remédios, estão em risco mais elevado de interações medicamentosas. “A busca por um profissional de saúde é fundamental antes de administrar qualquer remédio, mesmo que seja de venda livre”, finaliza a médica