A infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues alerta sobre os riscos da dengue
Redação Publicado em 17/11/2022, às 06h00
Celebrado anualmente no penúltimo sábado de novembro, o Dia Nacional de Combate à Dengue ocorre no próximo dia 19 e, segundo a infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues, tem como objetivo mobilizar o poder público e a participação da população no que diz respeito as ações destinadas a eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti.
O último boletim do Ministério da Saúde informou que o país já registra mais de 1,3 milhão de casos de dengue em 2022, um aumento de mais de 184% em relação ao mesmo período do ano passado. O Estado de São Paulo lidera o número de ocorrências, registrando, desde o início do ano, mais de 340 mil casos. Em 2021, foram aproximadamente 145 mil.
O inseto, vetor da dengue, pode ainda transmitir outras enfermidades, como Zika vírus, febre Chikungunya e a febre amarela. Todas as faixas etárias estão suscetíveis a contrair as doenças, porém, crianças ou idosos com mais de 65 anos podem enfrentar mais complicações, já que o vírus da dengue pode interagir com doenças pré-existentes e resultar em um quadro mais grave”, explica a especialista.
Medidas simples podem ser adotadas a fim de prevenir a proliferação do Aedes Aegypti e impedir o desenvolvimento das doenças. A infectologista orienta ser imprescindível eliminar lugares com água armazenada que podem se tornar um possível criadouro, como vasos de plantas, galões de água, garrafas plásticas, piscinas sem uso ou as que estiverem sem manutenção, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
“Caso não seja possível evitar a circulação por lugares que possam conter criadouros do mosquito, roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os insetos são mais ativos – proporcionam alguma proteção às picadas, assim como o uso de repelentes e inseticidas ou o uso de mosqueteiros para proteger aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos”, orienta Dra. Ana Rachel.
Entre os principais sintomas da dengue estão a febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e as manchas vermelhas pelo corpo. “Já os sinais, como dor abdominal, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, sangramento de mucosa e letargia ou irritabilidade devem ser vistos como características graves e que demandam atendimento médico imediato”, diz a infectologista.