Hospital Pequeno Príncipe chama atenção para malefícios do tabagismo em pessoas não fumantes, em especial do público infantil
Redação Publicado em 31/05/2023, às 14h00
Mais práticos, com um formato mais moderno e oferecendo uma infinidade de sabores e aromas que evita o incômodo do cigarro tradicional, especialmente em relação ao odor, os vapers, ou vaporizadores,passaram a ser socialmente aceitáveis em diferentes ambientes e têm ganhado cada vez mais espaço entre osjovens.Apesar dapercepção de serem menos prejudiciais à saúde, os vaporizadores são usados com um líquido que contém nicotina e outros produtos químicossendo igualmente nocivo e viciante para quem fuma tanto quanto o cigarro comum.Mas e os fumantes passivos, também correm riscos de sofrer os efeitos negativos dos cigarros eletrônicos?
De acordo com Débora Chong, pediatra e pneumologista do Hospital Pequeno Príncipe, a resposta é afirmativa. “Já temos estudos mostrando que sim, especialmente em asmáticos que convivem com fumantes de cigarros eletrônicos”, explica. Embora algumas informações em relação ao fumo passivo desses dispositivos ainda estejam em fase de estudos, evidências mostram que o vapor pode conter diferentes quantidades de substâncias tóxicas e metais pesados. Por isso, a orientação de especialistas é evitar a exposição a ambientes onde estejam fazendo uso do cigarro eletrônico ou outras formas de tabaco.
O tabagismo está ligado a vários problemas de saúde, que afetam todo o corpo, o ato de inspirar e expirar a fumaça do cigarro está diretamente relacionado ao desenvolvimento ou ao agravamento das doenças respiratórias. A atenção deve ser ainda maior com bebês, crianças ou pessoas com doenças respiratórias. O público infantil é mais suscetível aos malefícios do fumo passivo por terem as vias aéreas menores. Assim, neste Dia Mundial sem Tabaco, o Pequeno Príncipe alerta sobre os principais riscos aos meninos e meninas que são expostos aos malefícios dos cigarros.
Efeitos
Cerca de oito milhões de mortes por ano são relacionadas ao tabagismo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dessas, 1,2 milhão (15%) são decorrentes da exposição ao fumo passivo, ou seja, de pessoas que não fazem uso do cigarro, mas por conviverem com quem fuma acabam inalando as substâncias nele contidas. A fumaça do cigarro comum tem mais de sete mil compostos e substâncias químicas. Desses, pelo menos 69 causam câncer. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
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